Age Of Empires III - Game Flashback



E finalmente chegamos ao final de nosso Game Flashback especial dedicado á franquia Age Of Empires. Essa semana iremos relembrar tudo sobre o quarto e último jogo da série, Age Of Empires III.

Depois do sucesso de Age Of Mythology, a Ensemble Studios resolveu retomar a série original de onde parou, voltando com a temática histórica,  num período que vai do século XVI ao XIX. Age Of Empires III chegou aos PCs no final de 2005, depois de muita espera dos fãs. Uma das grandes novidades é que o game seria compatível apenas com o Windows XP, que ainda estava se firmando, pelo menos no Brasil, o que deixou muitos usuários do Win 98 na mão. Até 2008, AOE III tinha vendido mais de dois milhões de cópias.


Inovando sem perder a identidade





O que de cara chama mais atenção em AOE III são os gráficos. O 3D já tinha sido introduzido em Age Of Mythology, mas aqui tudo foi aperfeiçoado, deixando o jogo absurdamente bonito para a época, e chamando atenção até hoje. A física também foi renovada: ao invés de a construção pegar fogo ao ser atacada, por exemplo, ela vai caindo aos pedaços até se acabar em ruínas.

A mecânica de jogo já consagrada é mantida, com aquele mesmo esquema de sempre: coleta de recursos e compra de tecnologias para guiar sua civilização através das eras. AOE III aborda a era das grandes navegações, por isso você não vai batalhar por territórios na Europa ou Ásia, mas sim melhorar e expandir sua colônia. Alguns elementos que agradaram em AOM foram mantidos, como a escolha de melhorias ao avançar de eras. Mas como aqui não existem deuses para te ajudar, você pode recorrer à metrópole, para que essa mande recursos e melhorias à sua colônia. Essa nova mecânica é inspirada nos RPG's: Ao derrotar inimigos, construir novas edificações ou concluir objetivos, o jogador vai acumulando pontos de experiência, que depois podem ser trocados por "cartas", na forma de tecnologia, recursos, equipamentos e novas unidades. Uma das grandes novidades, é que agora o combate é baseado nos ataques à distância, já que a pólvora começava a dominar os campos de batalha da época.

Civilizações

Age III conta com oito civilizações cada uma, com um líder e dessa vez sem divisão de blocos.

Espanhóis


Uma civilização ofensiva, ganham pontos de experiência mais rápido. Ideal para jogadores mais agressivos.

Líder: Rainha Isabel










Britânicos


O poderoso Império Britânico é uma das civilizações mais fortes do jogo, com uma economia forte e exército quase imbatível nas eras mais avançadas. Possui os "Solares", construções que geram Colonizadores (Villagers) adicionais.


Líder: Rainha Elizabeth I






Franceses

Os "Coureur Des Bois" fazem o papel de colonizadores, e coletam recursos mais rápido. Essa civilização tem maior facilidade em se aliar aos nativos (por isso iniciam a partida com um batedor indígena), o que pode ser um fator determinante nas batalhas, já que essa aliança pode incrementar seu exército com unidades baratas e eficientes.

Líder: Napoleão Bonaparte






Portugueses


Recebe um Centro da Cidade grátis sempre que avança de era, com exceção da Era Imperial. Apesar de possuir um exército consistente e uma marinha forte, os portugueses são mais difíceis de se jogar por serem fracos nas primeiras eras. 

Líder: Dom Henrique








Holandeses

Pra quem curte uma estratégia mais defensiva, os Holandeses são a civilização pra você. Com a melhor economia do jogo (devido a possibilidade de construir bancos) e recursos que permitem a construção de uma fortaleza quase impenetrável, são a melhor opção para os que preferem chamar o adversário pro "campo de defesa".

Líder: Maurício de Nassau








Russos

Os Russos começam com uma boa quantidade de recursos, e suas unidades são treinadas em grupo, o que permite uma "produção" mais rápida, porém mais cara. Essa civilização também possui uma edificação única, a Blockhouse que ao mesmo tempo treina unidades e funciona como defesa.

Líder: Ivan, O Terrível







Alemães

Os Alemães recebem cavalaria pesada junto com as provisões da metrópole. É também uma civilização que demora a se fortalecer.

Líder: Frederico, O Grande









Otomanos


O império Otomano tem uma cavalaria potente e a artilharia mais forte de todo o jogo, além de criar Colonos sem custo nenhum. Porém, é uma civilização difícil de jogar, principalmente por possuir apenas um tipo de infantaria, os Janízaros.


Líder: Solimão, O Magnífico


Campanha



O modo campanha de AOE III mantém o nível de Age Of Mythology, com uma saga extensa dividida em três atos: Sangue, Gelo e Aço. Cada um conta um período da história da família Black. Que começa com a colonização dos Estados Unidos e vai até o Século XIX.

Age Of Empires III: The Warchiefs




The Warchiefs, o primeiro pacote expansão para Age Of Empires III, foi lançado em outubro de 2006 e focava nas nações nativo-americanas, trazendo três novas facções jogáveis: Iroqueses, Sioux e Astecas.

Um recurso interessante que a Ensemble Studios adicionou foi a Revolução, onde o jogador pode se tornar independente da Metrópole Européia que está jogando e passar a controlar uma nova nação. Por exemplo, se você estiver com Portugal e escolher se rebelar, vai assumir o comando do Império Brasileiro. Nações rebeladas não podem mais criar colonos, e todos os colonos já criados tornam-se milícia. Para continuar produzindo recursos, só através de edificações já erguidas, barcos de pesca e comércio.




Tribos

Iroqueses


Por seu estreito contato com as nações européias, os Iroqueses são a civilização com a tecnologia mais avançada, sendo a única entre as três novas a possuir peças de artilharia. Assim, é a nação mais forte militarmente, entre as civilizações nativas.

Líder: Hiawatha






Sioux

Os Sioux têm seu exército com foco na cavalaria, com grande variedade de unidades nessa área. Essa civilização não necessita construir casa, seu limite populacional já é de 200. As casas são substituídas por cabanas, que aumentam o ataque de unidades próximas. A cavalaria também é barata, custando apenas 1 de limite populacional, o que permite exércitos maiores.

Líder: Chefe Gall





Astecas


Respeitando mais uma vez o aspecto histórico (como em Age II), os Astecas não possuem unidades de cavalaria, já que o animal era desconhecido por esse povo até a chegada de Cortéz no México. Assim, o exército Asteca é composto praticamente de infantaria, e em sua maioria por unidades  de combate corpo-a-corpo.

Líder: Cuauhtémoc




A campanha de War Chiefs tem trinta missões e continua contando a saga da família Black, dessa vez reproduzindo mais elementos históricos.



Age Of Empires III: The Asian Dynasties





Pela primeira vez, a franquia Age Of Empires recebe dois pacotes de expansão. No final de 2007 chega às lojas The Asyan Dynasties, dois anos depois do lançamento do jogo original, o que manteve a série em evidência por mais um bom tempo. A maior mudança é que esse é o primeiro jogo de toda a franquia a não ser desenvolvido pela Ensemble Studios e sim pela Big Huge Games, famosa pela também série de estratégia Rise Of Nations.

Diferente do Age III original e da primeira expansão, Asian Dynasties é voltado às grandes nações Orientais, e traz mais três civilizações jogáveis: Japoneses, Chineses e Indianos. A grande novidade no Gameplay é o aprimoramento da Diplomacia. As civilizações podem construir Consulados, que permitem fazer alianças e trocar recursos, unidades militares e tecnologia. O recurso de Monumentos é trazida de volta mas de maneira diferente: Eles são necessários para se avançar de era, ao invés de fazer isso pelo Centro da Cidade. Cada monumento também gera algumas melhorias e recursos, mas deve se ter cuidado, já que uma vez destruídos, não podem ser reerguidos.

Outra diferença é que ao invés de exploradores e batedores, as civilizações asiáticas possuem Monges, com características diferentes em cada nação.

Nações


Japoneses


A civilização nipônica não pode caçar nem coletar alimentos. Para isso, o jogador deve construir Santuários (que também funcionam como casas) ao redor dos recursos, para obtê-los. As unidades militares são fortes mas bastante caras. Os monges japoneses podem construir Santuários e tem habilidades em artes marciais.

Líder: Tokugawa Ieyasu





Chineses

O exército chinês é separado em blocos, os chamados Exércitos de Bandeira que combinam diferentes tipos de unidade. As casas são substituídas por Vilarejos, que podem abrigar Aldeões e gerar recursos. É uma civilização difícil de se jogar a princípio, mas quem pega o jeito torna-se quase imbatível.

Líder: Imperador Kangxi



Indianos


Os indianos criam villagers com madeira ao invés de alimento. Seu exército é extremamente forte e equilibrado com uma grande variedade de montarias em Elefantes.


Líder: Akbar, O Grande


Campanha




Diferente dos games anteriores que possuíam uma campanha única, Asian Dynasties conta com uma campanha para cada civilização. A campanha japonesa aborda a unificação do país onde o jogador controla o General Sakuma Kichiro que deve estabelecer o Shogunato Togukawa. Na campanha chinesa o protagonista é o capitão Huang Jian, que sonha em conhecer um "novo mundo" em suas explorações. A campanha indiana é focada na Revolução dos Sipais, a primeira guerra de independência da Índia, onde o jogador assume o papel de Nana Sahib.

Sim ou Não?

Age of Empires III manteve a mecânica consagrada da franquia, aperfeiçoou os gráficos e a física, trouxe elementos que melhoraram o gameplay, tornando o jogo ainda mais dinâmico e divertido. As civilizações nunca tiveram tanta personalidade, e as diferenças entre elas são significativas. Além de tudo isso, as expansões realmente têm conteúdo adicional que fazem a diferença, e inclusive dão a impressão de serem jogos diferentes e não apenas um complemento. Age I lançou as bases, Age II pôs a franquia no mapa, Age Of Mythology conquistou de vez o público e Age III veio pra consagrar de vez a série como um gigante dos jogos de estratégia, com uma obra de arte em forma de game.




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