Sim, os X-Men, criação dos grandes Stan Lee e Jack Kirby, completam 50 anos de seu lançamento neste mês,
sobrevivendo a um “cancelamento”. Em 1970, os criadores não conseguiram atingir grandes
números de vendas, fazendo com que a Marvel parasse de produzir histórias novas, e retomando
a produção de novas histórias apenas em 1974, quando Chris Claremont ajudou a
alavancar os X-Men, praticamente recriando a série, ao assumir como roteirista.
Por que “X-Men”?
Vamos fingir que você nunca tenha ouvido falar neles (e que
você tenha acabado de sair de um sono criogênico ou de um coma), aí vem a
pergunta: ”Quem ou o quê são os X-Men?” Primeiro, eles são mutantes, pessoas
com um gene especial que dá poderes a elas, algo que se nota principalmente
após a puberdade. Falemos do nome: Men significa “homens” em inglês (supletivo,
supletivo...) e o “X”, para muitos, é explicado por ser a primeira letra do
sobrenome do líder e fundador do grupo (Charles Xavier), logo, eles são os
X-Men por serem os homens de Xavier (gaaayyy), os que lutam ao seu lado.
Os outros “X”
Proposital ou não, o “X” pode ter outros significados
aceitáveis pelo conteúdo das histórias. Primeiro e mais óbvio, o gene que se
apresenta nas pessoas mutantes é chamado de “Gene X” (embora a origem das
mutações esteja associada a radiação e aos testes militares). Como “Men” pode
ser também interpretado como “humanos”, e “X” ter a sonoridade, no inglês, de “Ex”,
não é difícil concluir que a maioria dos mutantes, é considerada como “Ex-humana” pela sociedade (intolerante, preconceituosa, marcofeliciana) retratada nas histórias. Dá para deduzir também que,
se pensarmos no “X” como um símbolo que marca algo indesejado, rejeitado ou
inadequado, os mutantes, ainda na visão de uma sociedade intolerante, sejam
pessoas inadequadas, indesejadas no mesmo meio que humanos normais.
As metáforas
Já pensou no porquê de tanto sucesso? Muitas pessoas se identificaram
com os mutantes e não é para menos: o fato deles passarem por momentos em que
descobrem seus poderes e sua condição de mutantes fazendo surgirem dúvidas e
medos, é uma metáfora às descobertas de uma pessoa na adolescência. E não para por aí, as histórias estão quase sempre rodeadas de uma
busca dos X-Men pela aceitação da sociedade, algo que ainda hoje acontece na
nossa sociedade como vemos pela luta a favor de direitos iguais,
independente de gênero, etnia ou orientação sexual. Aliás, preciso ressaltar
que os X-Men foram criados em uma época em que a luta dos negros americanos por
direitos iguais estava em alta, inclusive, ainda hoje, se vê nos quadrinhos
citações do “sonho de Xavier”, uma referência ao famoso discurso do pacifista Martin
Luther King Jr, “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”, aos que não manjam dos
paranauê de inglês), enquanto no lado mais radical da luta dos mutantes temos
Magneto, que pode ser visto como uma alusão ao Malcom X, ativista radical da
causa negra nos EUA. X-Men ajuda, através de todos os símbolos e analogias
mostradas até agora, a mostrar que não importa se existem ou quais as
diferenças, somos todos iguais, devemos ter os mesmos direitos e devemos ser
respeitados. Agora, entenda a ironia e até o paradoxo da repulsa de alguns “fãs”
por personagens gays dentro de algum universo das histórias dos X-Men, que falam
sobre pessoas que lutam contra preconceitos. Já diria o velho poeta: “É de cair o cu da bunda”.
Os quadrinhos
É difícil falar ao certo quantas HQ’s de X-Men existem (além
da complexidade por causa dos vários universos paralelos e viagens no tempo),
até porque, por um tempo, uma editora brasileira produzia seus próprios comics
dos heróis mutantes, com os X-Men aparecendo como coadjuvantes de uma revista
do Hulk de outra editora, tendo sua própria publicação em 1988. Mas para ter
noção do quanto de HQ’s existem, a Uncanny X-Men terminou na edição de número
#544, com muitas outras passando fácil da 100ª edição (embora existam as que
não chegam à 20ª). E a franquia vende muito até hoje, sendo indicadora da
compra de HQ's de forma geral. Apenas
entre o fim dos anos 80 e começo dos 90, a X-Men #1 (primeira edição de uma
nova série) vendeu mais de 8 milhões de unidades, até hoje um marco na história
de vendas de HQ's nos EUA.
Os filmes e desenhos animados
Com uma trilogia principal (X-Men, X-Men 2 e X-Men: o confronto
final), 2 filmes pré-sequências (“Primeira classe” e “Origens: Wolverine”) e 2
filmes que se passam após a trilogia (“Days of Future Past” – Dias de
um futuro passado –, em produção, e Wolverine: Imortal), a série ajudou a recapturar a atenção da audiência mundiail aos
filmes de super heróis, mostrando que super herói de quadrinhos não é só coisa
para crianças. Não posso deixar de citar o filme Geração X, que embora
muitos não o considerem um filme oficial, ELE EXISTE E TEM A JUBILEU, logo é
dos X-Men também.
Quanto aos desenhos, temos algumas aparições dos mutantes em séries ou animações isoladas da Marvel, sua primeira série própria foi lançada em 92 com uma das aberturas mais memoráveis de todos os desenhos da época. Em 2000, foi lançado X-Men: Evolution, uma espécie de universo paralelo que mostra os X-Men como adolescentes no colegial, uma série muito boa, que ajudou a refrescar as ideias da primeira animação na cabeça dos que já conheciam e formar uma nova leva de fãs que ainda não conhecia muito sobre os mutantes. Em 2008, a Marvel Studios lançou sua última série de animação dos mutantes até agora: Wolverine e os X-Men, com história focada no carinha das garras de adamantium. Uma interessante novidade é que os X-Men ganharam até um anime, uma série (entre outras três: Wolverine, Blade e Iron Man) de 12 episódios animados e concebidos por uma parceria entre a Marvel Entertainment e o estúdio de animação japonesa Madhouse (que ajudou a fazer uns animes até conhecidos, como PERFECT BLUE, TOKYO GODFATHERS e DEATH NOTE!Caps Lock do PORRA, SE VOCÊ NÃO VIU, VEJA! Que são FODA!).
Quanto aos desenhos, temos algumas aparições dos mutantes em séries ou animações isoladas da Marvel, sua primeira série própria foi lançada em 92 com uma das aberturas mais memoráveis de todos os desenhos da época. Em 2000, foi lançado X-Men: Evolution, uma espécie de universo paralelo que mostra os X-Men como adolescentes no colegial, uma série muito boa, que ajudou a refrescar as ideias da primeira animação na cabeça dos que já conheciam e formar uma nova leva de fãs que ainda não conhecia muito sobre os mutantes. Em 2008, a Marvel Studios lançou sua última série de animação dos mutantes até agora: Wolverine e os X-Men, com história focada no carinha das garras de adamantium. Uma interessante novidade é que os X-Men ganharam até um anime, uma série (entre outras três: Wolverine, Blade e Iron Man) de 12 episódios animados e concebidos por uma parceria entre a Marvel Entertainment e o estúdio de animação japonesa Madhouse (que ajudou a fazer uns animes até conhecidos, como PERFECT BLUE, TOKYO GODFATHERS e DEATH NOTE!
Games
Os jogos lançados, levando a franquia ao mundo do
entretenimento eletrônico, são muitos, desde jogos próprios até crossovers (misturas
de 2 ou mias universos de jogos diferentes em um único) como a famosa série
Marvel vs Capcom. São jogos de luta, beat ‘em ups (como Streets of Rage e
Double Dragon), aventura, ação, rpg e estratégia distribuídos entre quase 30
jogos para quase 20 sistemas diferentes. E entre todos estes o que mais marcou
presença para mim foi o de gênero luta X-Men: Mutant Academy 2 para PSOne.
E pra você, o que vem na sua cabeça quando ouve falar de
X-Men? Filmes? Desenhos? HQ’s? Sociologia? Diga para nós nos comentários
abaixo, na nossa página do Face ou no nosso Twitter. Até!