Trending Topic - 9GAG

AVISO: Esse post pode causar dependência!



Quem nunca se deparou com um post do 9GAG perdido em meio a sua timeline do Facebook? Se você por um milagre nunca ouviu falar nesse paraíso das almas roubadas site, senta que lá vem história!




O 9GAG "nasceu" em Hong Kong (mesmo que hospedade nos States) em abril de 2008 e desde então seu sucesso só aumentou. A página é conhecida por ser um celeiro de memes (a popularização do termo, aliás, se deve ao site) como Dafuq, Troll Face e Cereal Guy. Graças à identificação do público com o humor ácido presente nas postagens e à frequente utilização de memes, o 9GAG é um dos 500 sites mais visitados do mundo, ficando em 78° lugar no ranking brasileiro.




Cada umas das publicações do site é chamada de gag, e é daí que deriva o nome do site: como o layout do site originalmente mostrava somente nove gags por página, os criadores decidiram nomeá-lo de 9GAG, mais óbvio impossível.

O funcionamento do site é muito simples: qualquer usuário cadastrado pode fazer o upload de imagens e vídeos   de humor. O cadastro, que é feito por meio do preenchimento de um formulário simples, só é necessário caso o usuário queira votar, acessar conteúdo adulto, comentar ou enviar seus próprios gags.

Y U NO SIGN UP?

Os gags enviados pelos usuários são submetidos a três etapas de votação, digievoluindo de acordo com o número de votos recebidos, havendo a possibilidade de votar contra o gag nas duas primeiras etapas. As etapas são:

  • Vote: página onde pode-se encontrar todo o conteúdo postado no site. Sim, TODO o conteúdo. Milhares e milhares de gags esperando seu humilde voto para serem reclassificados e passarem para a próxima fase;
  • Trending: os gags mais votados na categoria Vote são promovidos à Trending. O critério de votação é o mesmo da página anterior, podendo-se votar contra ou a favor. Há quem diga que existem alguns usuários  privilegiados que conseguem publicar diretamente nesta página;
  • Hot (ui): o última e derradeira etapa de votação. Corresponde à primeira página do site, onde os gags mais votados nas etapas anteriores são expostos.

Aposto que se você chegou este ponto do texto, já deve estar se perguntando: "COMO EU FAÇO PRA SAIR DESSE PARAÍSO DA INUTILIDADE??". A resposta para essa pergunta infelizmente ainda não foi encontrada.

O que esperar de GTA V? (Artigo)




Desde o seu anúncio pela Rockstar, GTA V já é um dos jogos mais aguardados dos últimos anos. Com apenas um trailer, muitos rumores e mistérios no ar, na última semana a empresa liberou mais informações   do novo game da série. O Comando Login resumiu todas elas pra você, e ainda demos a nossa opinião sobre o que devemos esperar da nova menina dos olhos da Rockstar. 


Personagens

GTA V se passará em Los Santos, cidade já conhecida dos fãs, cenário de GTA San Andreas. Mas quem esperava que CJ voltasse, pode esquecer: A Rockstar não irá resgatar nenhum personagem antigo da série.  Mas dessa vez, teremos TRÊS protagonistas. Será possível trocar de bandido a qualquer hora do game, sem que isso interfira na interação dos outros dois protagonistas com a cidade. Vamos conhecer um pouco de cada um deles.


Michael

O narrador do primeiro trailer liberado de GTA V, é um ex-ladrão de bancos que após fazer um acordo como FIB (versão da Rockstar para o FBI), vive uma vida mansa na região mais rica de Los Santos. Mas os problemas familiares e outros fatores vão acabar levando Michael de volta ao mundo do crime.



Trevor

Trevor será o mais violento dos três protagonistas: um sujeito perigoso que é resultado da mistura de abuso de drogas e problema psiquiátricos e que vive na área mais pobre da cidade. 





Franklin

Franklin é o personagem mais jovem e talvez o mais "normal" do trio. É um ladrão de carros profissional que ira usar suas habilidades em busca de dinheiro.






Cenário

Com os "heróis" devidamente apresentados vamos aos outros detalhes do jogo. O cenário de GTA voltará a ser a cidade de Los Santos, mas dessa vez MUITO maior do que em San Andreas. Segundo a Rockstar, a réplica virtual de Los Angeles será maior que os mapas de GTA IV, San Andreas e Red Dead Redemption JUNTOS. Ou seja um mapa absurdamente grande vem por aí. Mas ao contrário dos games anteriores, não haverão outras cidades para explorar. Los Santos será o único cenário do jogo (e que cenário).




















Missões



Outro fator interessante é que o foco da campanha de GTA V será os assaltos a banco. A Rockstar decidiu explorar mais essa característica após a boa recepção da missão Three Leaf Clover, do game anterior. Para realizar as missões de maneira bem sucedida, o jogador vai ter que aprender a trabalhar em equipe, utilizando as habilidades de cada personagem.

Voando por Los Santos


Para a alegria dos fãs, será possível voar pela cidade durante boa parte do game, com a disponibilidade de vários aviões e helicópteros.

Sem customização e encontros



Quem esperava que a customização plena de San Andreas voltasse a dar as caras pode ir se acostumando: A Rockstar não vai permitir que o jogador altere totalmente a aparência física dos personagens como era possível no game da última geração. Ainda existirá a possiblidade de alterar algumas coisas, mas não no mesmo nível de San Andreas.

Um dos pontos mais criticados de GTA IV, as "namoradas" que ficavam ligando para marcar um encontro ou reclamar, não estará presente no novo jogo, para alívio dos fãs.



A Rockstar Games anunciou que GTA V será uma revolução tão grande quanto GTA III foi na época e deve definir o conceito de jogos em equipe.

Agora que já sabemos todos esses detalhes, o que devemos esperar de GTA V?

Primeiramente, é bom que a Rockstar tenha decidido não ressuscitar personagens antigos e investir na criação de novos "heróis". A possibilidade de jogar com três protagonistas anima bastante, e deve dividir de maneira mais clara e realista os tipos de personalidade, que antes ficavam em um personagem só.

A megalomania de fazer uma cidade gigantesca é perigosa e pode ser um tiro na pé, caso a ideia não seja bem acabada. Um mapa grandioso mal feito pode significar muitos bugs. Mas pela tradição e qualidade que a Rockstar sempre mostra, isso dificilmente deve acontecer.

O que mais agradou em tudo isso foi a possibilidade de trabalhar em equipe na campanha e as missões focadas em assaltos a banco. Esse estilo de missão é dificilmente encontrado nos games de mundo aberto e crime, e deve ser uma experiência bastante divertida, especialmente se a Rockstar adicionar elementos estratégicos na hora de planejar os assaltos.

Um ponto que é essencial e espera-se muito que a Rockstar invista, é no combate. Essa parte sempre foi a mais fraca em todos os GTA's e que tirava a diversão na hora de enfrentar os inimigos ou realizar missões de confronto. Com o elemento dos assaltos a banco, é provável que essa mudança aconteça, principalmente nos sistemas de mira e cobertura, já que o combate será ponto chave em missões desse tipo.

O mais importante de tudo é que a produtora continue trabalhando para inovar a franquia e não só dar uma nova roupagem a antigos elementos que fizeram sucesso. Se tudo isso for pensado, GTA V tem tudo pra ser um dos grandes jogos da história, assim como os anteriores foram importantíssimos e inovadores.

O lançamento de GTA V está previsto para o segundo trimestre de 2013. Para os que não aguentam esperar, a pré-venda já está disponível no site da Rockstar.





Mundo Gamer 15-11

Foto: Alex Benito
Pegue o seu controle, aperte o start, está no ar o Mundo Gamer, o resumo de notícias de games do Comando Login. Nessa semana:

Minecraft vende mais de 8 milhões de unidades

Star Wars The Old Republic será gratuito a partir do dia 15

Sony anuncia produção do PS3 no Brasil em 2013

Silicon Knights deverá fazer recall de s eus jogos até dezembro

Muita porrada no Minigame com Punch Quest

- Halo 4 e Call of Duty Black Ops 2 são os lançamentos de maior destaque da última semana

- Microsoft anuncia entrada no mercado dos portáteis

- E no Game de Ponta, Bruno Marise nos mostra que a vingança é um prato que se come frio

Ouça o programa clicando no player abaixo ou baixe aqui.


Locução: Wagner Alves
Comentários: Felipe Navarro e Rafael Rodrigues
Textos: Felipe Navarro, Rafael Rodrigues e Bruno Marise

Edição de texto: Wagner Alves
Edição técnica: Wagner Alves

Essa é uma produção do núcleo de jonalismo da Rádio Unesp Virtual com produção do portal Gameshow.

Rock N Roll Racing - Game Flashback


Lá vamos nós com mais um clássico dos anos 90. Rock n'Roll Racing é o tipo de jogo que não cansa mesmo depois de horas ou anos jogando. A dinâmica do jogo era extremamente inovadora, simples e cativante. Alie isso a uma trilha sonora escolhida com perfeição e você tem a receita de um dos melhores games de corrida já feitos na história dos videogames. Mostrarei tudo sobre ele aqui, inclusive um hack e um remake 3D. 

Assassin's Creed 3 - Game de Ponta (PC/PS3/X360)




Já se passaram 5 anos desde o lançamento do primeiro Assassin's Creed e, quase que como uma comemoração, a Ubisoft traz aos fãs da série o Assassin's Creed 3, com uma engine reformulada, um novo protagonista e uma nova ambientação. Somando essas novidades à já famosa fórmula da série, o jogo tenta se assegurar como um dos grandes destaques no ano e, mesmo conseguindo atingir um sucesso técnico impressionante, AC 3 peca em detalhes em que seus antecessores brilharam. Esse review se concentra apenas no modo Single-Player do jogo e se você está preocupado com spoilers fique tranquilo, não darei muitos detalhes sobre a história.


Protagonistas

Depois de três jogos controlando Ezio, a troca de personagem é no mínimo refrescante - e olha que Connor não é exatamente um personagem atrativo. Com sangue meio indígena, meio britânico, o novo assassino tem muito espaço para drama e motivação pessoal, mas sua personalidade é um tanto quanto irritante. Sempre precipitado, Connor se enfia em confusões sem motivo. Mas isso é fácil de se entender, afinal Ezio já tinha anos experiência como assassino, sua calma e paciência permitiam a criação de planos mais complexos. Connor, ainda em treinamento, investe quase sempre em táticas perigosas e agressivas, suas ações coincidem com sua personalidade, mas falta o sentimento de que Connor está evoluindo, aprendendo lentamente a arte de seu clã.
O herói americano não é o único personagem jogável, Desmond está mais presente do que nunca, seja explorando o templo deixado pelas civilizações ancestrais, seja explorando outras localidades pelo globo; o tempo "presente" tem muito mais destaque, sendo até mais interessante que a história principal em alguns momentos.

História

Como já disse não vou tratar de detalhes muito além dos já conhecidos. Abandonando a Renascença de Assassin's Creed 2, a época da vez é a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Connor se vê no meio de uma série de conflitos. Seja entre os Assassinos e os Templários, seja entre Britânicos e Americanos ou entre qualquer um e sua aldeia indígena, o espaço para conflito é grande, e momentos históricos memoráveis sempre acontecem aqui e ali. Figuras históricas também estão presentes: Benjamin Franklin e George Washington estão ali, assim como algumas outras figurinhas que habitam os livros de história norte-americanos.
Aqui não há lugar para decepção, a série já assegurou seu lugar entre os melhores jogos contadores de história e esse episódio não é nem um pouco diferente, expandindo cada vez mais a história de Desmond e dos assassinos. Surpresas estão presentes, e logo nas primeiras horas já se tem um grande choque, daqueles de se jogar o controle longe e parar para absorver a informação.

Gameplay

Apesar de ter a mesma premissa de sempre, os controles  foram simplificados e modificados em alguns aspectos, um exemplo é o Free-Run que agora só precisa de um botão para ser ativado. O combate está bem diferente: os combos continuam funcionando da mesma forma, mas bloquear e contra atacar ficou mais fluído e cinemático: primeiro se aperta um botão para bloquear o ataque no momento certo, nesse momento o tempo fica mais devagar e um leque de opções se abre -arremessar o inimigo, contra atacar ou quebrar sua defesa. Tudo se torna simples e intuitivo depois dos primeiros encontros e logo você está enfiando machadinhos em crânios e mosquetes em estômagos com uma facilidade absurda. 
Quando comecei a jogar tinha minhas dúvidas do quão interessante seria explorar a América Colonial, afinal, depois de passar por Roma, Veneza e Turquia algumas casinhas e igrejas não seriam impressionantes, certo? Eu não podia estar mais errado. O importante aqui não são as cidades, mas o campo e as florestas. A engine Anvil Next permite escalar árvores e rochas com a mesma facilidade que escalamos o Coliseu pela primeira vez. Escalar árvores é com certeza um dos pontos altos do jogo, nada se iguala a atirar uma flecha em um soldado britânico com Connor empoleirado em um galho.

Existe outra novidade importante, se não a melhor: as batalhas marítimas. Connor vira capitão de um navio e acreditem, não se trata de uma única missão ou um minigame bobinho, é quase uma campanha a parte, com batalhas contra fortes e navios ingleses. Elas são ótimas para quebrar o ritmo das missões normais que em alguns momentos se tornam monótonas e repetitivas. Cansado de violência gratuita? Assassin's Creed oferece agora um ótimo simulador de batalha naval e caminhadas pela floresta.

Os Erros

Vamos fazer uma viagem de volta ao primeiro Assassin's Creed. Uma das principais críticas era a falta de imaginação das missões, erro que foi não só corrigido, mas completamente erradicado nas continuações. A variedade presente nas aventuras de Ezio era impressionante -  lembram das Máquinas de Guerra de Da Vinci? Elas mudavam completamente o ritmo de jogo, traziam novidades e em alguns momentos eram mais interessantes do que as repetidas facadas em italianos despercebidos.  Assassin's Creed 3 é uma regressão, o mapa pode não ser vazio e despovoado como o do primeiro jogo, as sidequests estão presentes em um número absurdo, mas pecam na qualidade: ouça uma conversa aqui, corra atrás do alvo, facada nas costas. Enxague e repita. 

Não estou dizendo que o processo não é divertido, mas as missões principais também são repetitivas e constantemente interrompidas por cutscenes nos momentos mais emocionantes, a única coisa a ser feita é ignorar as missões extras, que como já disse, são muitas: recrutar assassinos, ajudar camponeses e afiliá-los a suas propriedades, entregar cartas, pegar páginas do almanaque de Benjamin Franklin e as batalhas marítimas (Aaaah as batalhas marítimas).


Veredicto

Assassin's Creed 3 com certeza abriu os olhos para como será a franquia na próxima geração, tudo é absolutamente lindo e o gameplay está completamente refinado e polido. Mas o produto final não é exatamente um concorrente a Game of the Year como o esperado, certamente não é um Dishonored ou um Borderlands 2. Comparado a seus antecessores, ele inova pouco nas missões e fica preso na mesmice. Os fãs com certeza vão ter um prato cheio com Connor e Desmond, mas quem começar a jogar a franquia agora terá que superar o tédio da campanha para aproveitar tudo que a brilhante história dos assassinos pode contar.

Felipe Navarro

Mundo Gamer 01-11

Foto: Alex Benito
Pegue o seu controle, aperte o start, está no ar o Mundo Gamer, o resumo de notícias de games do Comando Login. Nessa semana:

Square Enix anuncia produção de novo jogo da série Hitman

Será que Modern Warfare 4 já está mesmo em fase de produção?

Servidores de Final Fantasy QUATORZE serão desligados no próximo dia 11

Compra da LucasFilms pela Disney coloca também os jogos de Star Wars nas mãos de Mickey

Professor Layton and the Mask of Miracles, LEGO The Lord of the Rings, Need For Speed Most Wanted são os lançamentos da semana

Claro a polêmica sobre o adiamento de Assassin’s Creed III para o Brasil e se realmente o jogo é o prometido pela Ubsoft.

Guitarras pesadas e motores turbinados é o que nos traz Gabriela Brandão no Game Flashback

Ouça o programa clicando no player abaixo ou baixe aqui.




Locução: Wagner Alves
Comentários: Felipe Navarro
Textos: Felipe Navarro, Rafael Rodrigues e Bruno Marise

Edição de texto: Wagner Alves
Edição técnica: Tiago Gaeta

Essa é uma produção do núcleo de jonalismo da Rádio Unesp Virtual com produção do portal Gameshow.

Dishonored (PC/PS3/X360) - Game de Ponta







Em tempos de Assassin's Creed 3 e Call of Duty: Black Ops 2, alguns bons jogos acabam passando batido pelo público. E isso é algo normal; afinal, títulos da força desses dois acabam por eclipsar boa parte dos lançamentos que chegam em datas próximas aos seus. E ainda que boa parte dessas vezes os títulos deixados de lado são medianos, nada originais ou ruins mesmo, e nada ou pouca coisa se perde ao ignorá-los, isso nem sempre é o caso. E é nessa última categoria que podemos encaixar Dishonored. O novo jogo da Arkane Studios (que já havia entrado no radar do gamers em com Dark Messiah of Might and Magic), lançado no dia 09 de outubro para PS3, X-Box 360 e PC, que acabou gerando expectativas um tanto aquéns do que deveria, pelo menos entre os players brasileiros – coisa que ficou bem evidente no estande do jogo na Brasil Game Show que, apesar de contar com 4 consoles com o game, estava quase sempre vazio -, ainda que estivesse sendo lançado pela sempre competente Bethesda. E também, principalmente, porque promete ser um dos melhores jogos do ano e grande candidato a qualquer título de GOTY, mesmo com o tio Connor e o tio Desmond na disputa.




O jogo


Dishonored é um jogo de ação stealth com perspectiva em primeira pessoa. O jogo segue o esquema de mundo aberto, mas de um modo diferente do convencional: ao invés de fornecer um grande mapa com várias side-quests e uma missão principal, onde se há a liberdade de se explorar qualquer lugar como bem entender (como acontece nos últimos jogos das duas maiores franquias da Bethesda, Elder Scrolls e Fallout), a questão da liberdade aqui se dá de modo diferente: ao invés de liberdade de exploração, Dishonored oferece ao jogador uma total liberdade de execução. Ao invés do mundo aberto com diversas missões que consistem sempre em ir até um determinado ponto do mapa, matar todo mundo e recuperar certo item, as fases de Dishonored são “caixas fechadas” que podem ser acessados em apenas determinados momentos, e onde há apenas uma única missão: assassinar alguém. Mas o modo que isso será feito é totalmente à escolha do jogador, que pode sair como uma verdadeira máquina de guerra matando todos que apareçam à sua frente, ser uma assassino silencioso ou mesmo ser um cara legal e não matar ninguém, sendo Dishonored o único jogo de ação, talvez em todos os tempos, que fornece a possibilidade de finalizar sua história sem derramar uma única gota de sangue.



*************************************SPOILER***********************************

Esse tipo de liberdade fica bem evidente já na primeira missão, em que seu personagem está encarregado de matar o cardeal da cidade. Apenas para essa parte em específica, você pode escolher arrombar a porta da mansão dele e sair dilacerando todos os guardas, abrindo caminho até que consiga encurralá-lo em sua salinha secreta, entrar na mansão escondido e cortar a garganta dele sem que ninguém perceba sua presença, envenenar o copo de vinho que ele tomará ao sair do quarto, ou mesmo invadir seus aposentos, conseguir provas de que ele está deturpando as leis da Igreja e destituí-lo de seu cargo, tirando-o de seu caminho sem a necessidade de matá-lo. Isso sem contar as outras possibilidades possíveis, usando poderes e elementos do cenário, oferecendo uma gama de modos para se completar uma missão tão grande quanto a imaginação de que joga.

*************************************SPOILER***********************************


Assim como nos RPGs modernos, as ações de seu personagem também passam por um certo sistema de julgamento. Só que, ao invés do tradicional sistema de moralidade que divide em “ações boas” e “ações más” (como em Mass Effect, por exemplo), o que rege a consequência de suas ações é um sistema baseado no caos que elas causam, fazendo com que a morte de muitos inimigos aumente o número de guardas, ratos e pessoas contaminadas nas ruas e, ao mesmo tempo, não matar ninguém pode fazer com que alguns NPCs comecem a desconfiar de sua lealdade ao grupo rebelde. Esse sistema – que faz com que não só o mundo como também o modo com que os NPCs te tratam mudem – é o que define qual dos dois finais disponíveis será exibido ao completar a história.

Como bom assassino, sua arma principal é uma espada – que possui um dispositivo de lâmina retrátil, fazendo com que o personagem aparente carregar algo inofensivo em sua mão. Mas outras armas secundárias também podem ser usadas, como uma besta-de-mão, uma garrucha e armadilhas diversas. Além desses aparatos tecnológicos, o jogador também poderá contar com a boa e velha magia – e é isso que dará a maior vantagem sobre seus inimigos. Essas magias podem ser tanto ativas – como se teleportar para um determinado local ou conjurar hordas de ratos para atacar os inimigos – quanto habilidades passivas – uma vitalidade maior ou o fato de os inimigos mortos virarem pó, não deixando um rastro de corpos pelo caminho. Além disso, há ainda várias amuletos pelo jogo que fornecem alguns poderes sobrenaturais, como não ter a velocidade diminuída ao correr armado ou aumentar a quantidade de tempo que se consegue ficar debaixo d'água.

Os controles, incrivelmente, são bem fáceis. E olha que quem está dizendo isso é alguém que, depois de uma experiência malfadada com Morrowind, nunca conseguiu achar graça em jogos de espada com visão em primeira pessoa. Então, nesse quesito, Dishonored é uma ótima surpresa. Os comandos são simples e fornecem respostas rápidas, e a câmera não cria vida própria enquanto você tenta atacar e correr ao mesmo tempo. Tudo funciona de modo muito simples – um botão ataca, outro defende, outro solta magia ou usa a arma secundária – e, seja com teclado e mouse ou com joystick, em coisa de cinco minutos você já se encontra apto para passar sem problemas por qualquer ponto do jogo. E, ao contrário de muitos jogos em primeira pessoa, o sistema de stealth realmente funciona! Você consegue se desvencilhar de inimigos usando sombras e outros elementos do cenário, além de que uma tentativa de roubar algum guarda desapercebido não vai fazer com que ele magicamente perceba sua presença – afinal, você não é um guerreiro desengonçado e armado até os dentes fingindo que é silencioso, mas um verdadeiro assassino que sabe que o silêncio e a delicadeza são suas maiores armas. Outra coisa bem interessante é o sistema de alerta dos inimigos: caso você seja avistado, eles imediatamente se comunicarão com todos os outros da fase, fazendo com que eles passem a te procurar e se torne mais difícil se esgueirar sem ser visto, mais ou menos como o sistema que fez tanto sucesso na franquia Metal Gear.




A história



Você é Corvo Attano, guarda-costas pessoal da Imperatriz Jessamine e chefe da guarda da cidade de Dunwall. O jogo tem início com Corvo retornando de viagem, retornando da missão de buscar ajuda em outros reinos para conter a praga que vem assolando a cidade. Ao entregar seu relatório para a Imperatriz, um grupo de assassinos se teleporta para o lugar onde eles estão, usando de poderes mágicos para paralisar Corvo, matar a Imperatriz e sequestrar a herdeira do trono. Ao se ver novamente livre, Corvo corre para amparar sua soberana, que, em suas últimas palavras, pede para que ele resgate sua filha. Chegando no local e vendo o guarda-costas debruçado sobre o corpo morto da Imperatriz, Hiram Burrows, chefe de espionagem do reino, o acusa de assassinato e faz com que os guardas o arrastem para a prisão. Após seis meses largado na cela e sofrendo torturas constantes, Burrows, agora Lorde Regente na cidade, aparece em sua cela e revela que fora ele que arquitetou o plano de matar a Imperatriz e tomar o domínio da cidade e que, apesar de não que você estivesse presente no momento, acabou sendo algo bom, pois ele tinha alguém para culpar, e anuncia que você será enforcado no dia seguinte. Então, depois da confissão do vilão, alguém disposto a te ajudar aparece, você foge de sua cela e parte em busca de vingança e da salvação do mundo. Assim começa mais uma história de James Bond Dishonored.

Ok, o plot base não é lá tão original assim, mas vários elementos o tornam interessante. Primeiramente, Dunwall foi inspirada nas Londres e Edimburgo do final do século XIX, onde conviviam lado a lado motores a vapor, armas de fogo e a fuligem e sujeira trazidas pela Revolução Industrial e a monarquia aristocrática inglesa, com suas famílias tradicionais vivendo em palácios e mansões de três séculos atrás, pertencendo a ordens de cavalaria e portando espadas como peças importantes do vestuário. Assim como a Londres de final de século, Dunwall também é um misto do novo com o velho mundo, onde a tecnologia convive lado a lado com as tradições medievais. Outra referência histórica fica pelo clima em que a cidade é encontrada, o desespero que dá o teor dramático e não-clichê ao jogo. Para esse clima, os programadores se inspiraram na Londres do século XVII, mais precisamente na Londres do ano de 1666. Essa escolha é apontado por Harvey Smith, um dos nomes responsáveis por todo o design do game, como sendo uma escolha óbvia, já que 1666 foi o ano do Grande Incêndio de Londres, que acabou de vez com a praga que assolava a cidade, ao custo da incineração total dos bairros mais pobres. Mesmo a peste que vimos em Dunwall é inspirada nessa época: transmitida por ratos e matando aqueles que a contraiam em poucos dias, a peste de Dunwall é muito parecido com a peste bubônica – ou Peste Negra – que assolou a Europa durante todo os século XIV, XV, XVI, XVII e XVIII. Em Londres, a maior epidemia dessa Peste ocorreu entre os anos de 1665 e 1666, e foi contida apenas pelo incêndio que se iniciou numa padaria e transformou mais da metade da cidade em cinzas. Apesar de ter consumido 13200 casas, 87 igrejas, a Catedral de São Paulo, além de um incontável número de barracões e cortiços nos bairros mais pobres, deixando cerca de 80.000 pessoas desabrigadas da noite para o dia, curiosamente, foram contabilizadas apenas seis mortes ao Grande Incêndio de Londres. A razão para isso é explicada como sendo que as mortes dos habitantes de menor influência na cidade (classe média e pobres e miseráveis no geral) não eram documentadas, e também de que, pelo calor das chamas, muitos corpos acabaram cremados e não sobrou nada para ser documentado. E tudo isso só adiciona ao cenário steampunk que o jogo apresenta desde o início, e que poucas vezes consegue ser usado sem parecer caricato (como o foi em Fable III, apesar de, nesse caso, a caricaturização ser proposital).



Além disso, o sistema de caos é algo bem legal, e dá pra ser visto não só nas mudanças do mundo, mas mesmo no andamento da história. OK, você encontra um cara que te dá poderes mágicos pra salvar o mundo. Mas, ao contrário do que acontece na maior parte dos jogos, esse cara não é bonzinho. E, os mesmos poderes que ele deu a você, também ofereceu a seus inimigos; basicamente, o cara que ver “Dunwall pegar fogo!” sacaram a piada com o Grande Incêndio? Hã? Pegar fogo? Hahaha eu sou mesmo hilário e não assumir nenhum lado, fazendo do caos parte importante não só do gameplay como também do plot da história.

Personagens Principais


Corvo Attano – personagem jogável e protagonista do game. Corvo é guarda-costas pessoal da Imperatriz, e é injustamente acusado de matá-la e sumir com sua filha. O desejo de vingança e o senso de dever é o que o faz se aliar aos Loyalists (grupo que pretende tirar o Lorde Regente do poder e voltar a colocar uma Imperatriz no trono) e ajudá-los a tomar o poder de volta, assassinando ou tirando de cena figuras chaves da política da cidade.
Corvo é também o único personagem do jogo que não é dublado por ninguém, numa tentativa dos produtores de, ao não dar voz ao personagem, fazer o jogador se sentir como sendo sua própria voz falando ali, numa tentativa de deixá-lo ainda mais imerso no mundo do jogo.


The Outsider – uma entidade espiritual “meio anjo, meio demônio”, com vários seguidores ao redor do mundo. É ele o responsável por toda a magia de Dishonored, aparecendo para pessoas que ele julga serem interessantes e concedendo-lhes poderes mágicos ao marcá-las. Além de Corvo, vários outros personagens do jogo também receberam visitas do Outsider. Apesar de estar ciente do mundo dos humanos, e achar tudo muito interessante, ele não escolhe lados, se mantendo sempre neutro e fornecendo auxílio para aqueles que julga merecerem, independente de quais sejam suas ambições.
The Outsider é dublado pelo ator Billy Lush, conhecido pelo personagem Chris Cawsey de Sob o Domínio do Medo, e pelas variadas participações em série para TV, como CSI: New York, Castle e Terminator: The Sarah Connor Chronicles. Esse é seu primeiro trabalho em um jogo de videogame, onde também está escalado para dublar um dos personagens de Hitman: Absolution.


Jessamine Kaldwin – Imperatriz de Dunwall, cuja morte é o estopim para o início da história. Acredita-se que, além de guarda-costas, Corvo era na verdade seu amante, e Emily seria fruto do amor dos dois.
Jessamine Kaldwin é dublada por April Stewart, que já tem em seu curriculum uma infinidade de trabalhos em games, entre os quais se encontram The Elder Scrolls V: Skyrim, Fallout: New Vegas, God of War III, Dragon Age: Origins e Mass Effect.





Emily Kaldwin – filha da Imperatriz Jessamine e herdeira do trono de Dunwall, viu a mãe ser morta e foi raptada por seus assassinos, sendo tirada de cena para que Burrows pudesse dominar a cidade. Acredita-se que seja filha de um romance entre Corvo e a Imperatriz.
Emily Kaldwin é dublada pela atriz Chloë Grace Moretz, famosa por ter feito a Hit Girl no filme Kick-Ass e a menina Isabelle em A Invenção de Hugo Cabret. Ela já havia trabalhado com videogames em 2010, ao dublar a Hit Girl para Kick-Ass: The Game.




Hiram Burrows – antigo chefe de espionagem de Dunwall, se tornou Lorde Regente após a morte da Imperatriz e o sumiço de sua filha. Foi ele o responsável por todos esses eventos, e também por jogar toda a culpa nas costas de Corvo.
Hiram Burrows é dublado por Kristoffer Tabori que, entre seus trabalhos em videogames, estão Ninja Gaiden 3, Star Wars: The Old Republic, Star Wars: The Force Unleashed – Ultimate Sith Edition, Alpha Protocol e Star Wars: Knights of the Old Republic.





Farley Havelock – antigo almirante da Marinha de Gristol (país de onde Dunwall é a capital), Havelock se recusou a navegar sob o comando do Lorde Regente Burrows, e é o responsável pela criação dos Loyalists, grupo que tem por objetivo tirar o Lorde Regente do poder. É ele o responsável pelo plano de recrutar Corvo para o grupo.
Farley Havelock é dublado por John Slattery, mais conhecido por fazer o personagem “Roger Sterling” na série Mad Men, e o pai de Tony Stark em Homem de Ferro 2. Esse é o primeiro trabalho do ator para um jogo de videogame.




Granny Rags – um velhinha cega e gagá que vive pelas ruas escuras de Dunwall, que em sua juventude já foi uma bela aristocrata pretendida por até mesmo por reis. Ela é umas das personagens aos quais The Outsider concedeu poderes mágicos.
Granny Rags é dublada por Susan Sarandon, conhecida por ter participado de verdadeiros clássicos do cinema, como Thelma & Louise, Os Últimos Passos de um Homem (filme pelo qual levou o Oscar de melhor atriz), O Óleo de Lorenzo e The Rocky Horror Picture Show, e é considerada uma das atrizes mais influentes em Hollywood. Esse é o primeiro trabalho dela na indústria de videogames.


O veredito?


Se você ainda não jogou Dishonored, jogue! Se está em dúvida se deve ou não comprá-lo, compre! Dishonored é um dos melhores jogos dos últimos anos, e forte candidato a Game of the Year de 2012. E, sem sombra de dúvidas, se ganhar, será com todos os méritos.