“Nós somos apaixonados por marcas”. É assim que começa a
descrição da companhia de pesquisas de mercado Millward Brown em seu site.
E somos obrigados a concordar: todos nós temos aquele nomezinho que nos encanta
e que pode estar tanto costurado na cós de uma calça jeans quanto estampado em
uma embalagem de hambúrguer. Portanto, somos nós, os consumidores, e a Millward,
os responsáveis pelo estudo BrandZ,
relatório anual da companhia lançado na terça-feira passada com o top 100 das
marcas mais valiosas do mundo.
Em seu
sétimo ano, o relatório BrandZ traz 100 gigantes que juntas possuem o valor de
U$S 2,4 trilhões. Uma em cada cinco marcas é proveniente de país emergente, mas
o Brasil está representado apenas pela Petrobras na posição 75ª com o valor de
U$S 10,5 bilhões. O primeiro lugar vai, assim como no ano passado, para a
Apple, que registrou aumento de 19% em sua cotação e ficou com a posição de
destaque do pódio com U$S 183 bilhões.
As
empresas de tecnologia foram as grandes estrelas do BrandZ 2012. Das cinco
primeiras colocações, quatro são marcas do ramo. Seguindo a Apple, está a IBM,
com o valor de U$S 116 bilhões. O terceiro lugar é da Google e seus U$S 108
bilhões. O McDonald’s aparece em quarto lugar, quebrando o monopólio das
empresas de tecnologia. A cadeia de restaurantes de fast food vale U$S 95
bilhões segundo o estudo. Em quinto lugar, mais uma marca ligada ao ramo
tecnológico: a Microsoft, com o valor de U$S 76,6 bilhões.
No
total, 44% do top 100 são representados por empresas de tecnologia e telecomunicações.
Outras fatias relevantes são marcas de luxo e fast food (15%) e vestuário (14%).
O estudo também aponta os aspectos decisivos para construção do valor de cada
marca, como a renovação, a relevância, a capacidade de se reinventar, a reputação,
a tecnologia e o caráter digital e a força do próprio nome da marca,
desconsiderando fatores financeiros.
Além
das colocações, o estudo traz uma série de informações sobre mercado e
investimentos, inclusive com análises sobre os países do BRICS. Na seção que
fala sobre o Brasil, o relatório compara nosso mercado com o mundial e com os
de nossos parceiros de grupo, Rússia, China, Índia e África do Sul. Outras
informações são dicas de como implantar uma marca no país, como estar preparado
para competição, utilizar ferramentas digitais e apelar para o lado emocional.
Outros
destaques foram o Facebook, que ficou na posição 19ª e foi a marca que mais
subiu no ranking de um ano pra cá: a rede social pulou 16 posições e saiu no
relatório com o valor de U$S 33,2 bilhões. E a sul-africana MTN, primeira marca
da África a aparecer no top 100. Com U$S 8,2 bilhões, a empresa ficou com na
posição 88ª.