The truth is out there

Não é de hoje que sou viciado em séries. Desde que me entendo por gente, acompanho mil seriados de TV. E não faço nenhuma cerimônia pra assistir, inclusive, seriados que já acabaram. Tinha 14 anos quando conheci Arquivo X. A série já tinha acabado fazia cinco anos, mas didn’t give a fuck não me importei muito e decidi assistir às nove temporadas.

Por que falar de Arquivo-X, assim, do nada? Primeiro, porque era AWESOME e merece ser relembrada sempre. E, segundo, que neste belo ano de 2013, vai ser comemorado o vigésimo aniversário da estreia dos geniais agentes Fox Mulder e Dana Scully na televisão.

A série, em inglês The X-Files, estreou em setembro de 1993 nos States. Os agentes do FBI Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) eram responsáveis pela investigação de casos não solucionados que continham aspectos paranormais, o que envolvia casos de satanismo, ocultismo e, principalmente, conspirações alienígenas.

Arquivo X foi um dos maiores fenômenos de audiência dos últimos tempos em diversos países, além de ganhar vários prêmios Emmy e Globo de Ouro ao longo de seus nove anos de duração (em 1997, o casal de protagonistas Duchovny e Anderson recebeu os prêmios de melhor atriz e melhor ator).

Mas muitas pessoas não se empolgam em assistir séries que já terminaram. O que é uma pena (pra essas pessoas), porque Arquivo X é item obrigatório na coleção de qualquer bom “assistidor de seriados”. Aí vem a grande pergunta que você deve estar se fazendo:

" Por que eu, logo eu, deveria assistir Arquivo X?"

Ah, as razões são várias...

Primeiramente, o tema: poucos seriados com ficção científica tiveram tanto sucesso para abordar seus assuntos sem parecer seriados bobos. Arquivo X é um desses seriados, trazendo assuntos que envolvem conspirações alienígenas e do governo, agentes do FBI e outros casos “paranormais” sem fazer disso algo tosco e mal feito, o que é comum por aí. 

Depois, há também a parte do drama: o personagem Fox Mulder tem a motivação de encontrar sua irmã, desaparecida há anos, e que ele acredita ter sido abduzida por alienígenas. Sem contar o clima de romance e azaração no ar entre os protagonistas da série, para aqueles apaixonados que também valorizam conflitos amorosos em um seriado. Poucos casais de televisão, aliás, são tão perfeitos quanto Fox Mulder e Dana Scully.


E se você acha que por ter esse lado amoroso e dramático a série vai ser totalmente séria e sem graça, você se engana. Em The X-Files, há doses muito bem administradas de humor, que cativam o público e, em parte, é uma das razões pelo carisma das personagens e do seriado em si.

Ainda não se convenceu a assitir Arquivo X? Aqui vão razões para ver uma das séries mais incríveis já feitas:

Os episódios são repletos de simbolismo. Pra começar, a série foi responsável por consagrar bordões como “I want to believe”, “The truth is out there” e “Trust No One”. Essas frases, inclusive, aparecem várias vezes ocultas nas cenas ao longo da série, de diversas formas, em vários idiomas. Pra ter uma ideia, na segunda temporada, é possível ler “EI 'AANIIGOO 'AHOOT'E”, tradução de “A verdade está lá fora” em Navajo.

Aliás, as referências usadas por Chris Carter, criador da série, são geniais. Pra começar, ele usa várias vezes o número 42, a resposta pra vida, universo e tudo mais. Também há referências a Moby Dick durante a série (Scully e seu pai se chamavam por Starbuck e Capitão Ahab, e o nome do cachorro da família é Queequeg). Além disso, Carter se inspirou, segundo ele mesmo, em outras coisas geniais como o filme O Silêncio dos Inocentes (do romance homônimo que originou a série de filmes de Hannibal) e até mesmo em coisas “cult” como Rope, de Alfred Hitchcock, na concepção do enredo.

Dave Grohl andando calmamente em Arquivo X
E fica ainda mais incrível: Dave Grohl, FUCKING GENIUS, vocalista do Foo Fighters, ex-baterista do Nirvana, sempre foi fã confesso de ufologia e é fã confesso de Arquivo X. Tanto que ele compôs a música Walking After You (muito bonita, por sinal) para um dos filmes da série e, acredite, teve um papel de figurante no 17º episódio da terceira temporada, "Pusher". Ele aparece literalmente por frações de segundo, andando no plano de fundo, mas está lá.

Ah, e além disso tudo, ainda tem a musiquinha épica de abertura da série. 

Alienígenas, conspirações governamentais, FBI, romance, Foo Fighters, humor, 42... tudo conspira para que você assista Arquivo X e possa sentir sua existência um pouco mais completa. Férias de julho, não tinha nada pra fazer? Agora tem. Fikdik.

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