Em todos os meus anos
como gamer, percebi
que,
se
existe
uma
fórmula
para
tornar
um
jogo
um
sucesso,
ela
invariavelmente
passa
por
misturar
um
pouco
de
mitologia
na
história.
Desde
Altered Beast, no
Megadrive,
passando
por
jogos
tão
variados
como
Dungeons & Dragons,
Kid Icarus e
Final Fantasy, qualquer
coisa que
possua
um
fundo
mitológico
acaba sempre
caindo
nas
graças
dos
players, sejam
por
sua
qualidade
ou
pela
experiência
inovadora.
Até
que,
em
2005,
a
Sony
levou
essa
história
a
novos
patamares.
Desde
o
lançamento
do
primeiro
God of War, a
empresa
se
firmou
como
uma
das
grandes
produtoras
do
gênero
de
ação
hack & slash,
fazendo
a
série
uma
das
mais
lucrativas
da
história
dos
games,
e
tornando
o
protagonista
Kratos como
um
dos
personagens
mais
queridos
do
público.
E
é
por
isso
que,
ao
andar
pela
Brasil
Game
Show,
não
me
espantei
ao
encontrar
a
maior
parte
do
estande
da
empresa
(e
a
maior
fila
também!)
dedicada
ao
novo
título
da
série
do
herói
espartano
que
busca
vingança.
E,
como
não
poderia
deixar
de
ser,
o
Comando Login foi
testar
esse
tão
aguardado
jogo
para
trazer
a
nossos
leitores
as
primeiras
impressões
dessa
que
promete
ser
mais
uma
obra-prima
dos
estúdios
Santa
Monica.
A história

Um pouco de mitologia
![]() |
As várias faces de Megaera |
As
Fúrias, ou Erinyes, são
entidades femininas responsáveis pela vingança divina na mitologia
grega. São elas as responsáveis por perseguir e massacrar todos
aqueles que quebram algum juramento que fizeram. Seja você mortal ou mesmo um deus, ninguém consegue escapar
do poder das Fúrias. Walter Burkert, acadêmico alemão especialista
em mitologia grega, acredita que as Erynies são
“uma representação carnal do ato de autoflagelação que existe
em cada juramento”. Elas comumente são retratadas como mulheres,
com serpentes enroladas nos pulsos como se fossem braceletes (numa
clara menção às górgonas)
e com os olhos sangrando. Alguns desenhos também as mostram com asas
de pássaro ou morcego, e até mesmo o corpo de cachorro. Sua origem
é anterior à origem do homem na mitologia grega, tendo surgido
quando o titã Cronus (ou
Kronos) castrou o seu
pai Uranus e jogou a
genitália desse em alto mar. Das gotas de sangue da genitália arrancada
de Uranus, surgiram as
Fúrias. O número de Fúrias que existem normalmente é
indeterminado mas, como no jogo se falam em três Fúrias, é
provável que ele siga aquelas reconhecidas por Virgílio (poeta
romano que escreveu um dos livros mais importantes da literatura
ocidental, o poema épico Eneida):
Alecto (“aquela que
não pode ser nomeada”), Megaera (“ojeriza,
antipatia, aversão”) e Tisiphone (“vingança
destruidora”). O fato de que Meagera aparece
em um dos gameplays liberados
pela Sony é um bom indício de que será esse mesmo o esquema
seguido pelo jogo.
![]() |
Kratos e a besta Charybdis |
Já
Charybdis (ou
Karybdis) é um
monstro marítimo que aterrorizava o Estreito de Messina (no sul da
Itália, entre a parte Leste da Sicília e sul da Calábria). Na
mitologia grega, Charybdis um
dia já foi uma bela naiad (ninfa
marinhas), filha de Poseidon
(Deus dos Mares) e Gaia
(titã que representa a própria mãe-natureza) que acabou se
transformando num monstro que habita o fundo dos oceanos, cuja face é
uma única e enorme boca e cujos membros são barbatanas. Três vezes
por dia ela suga a água do oceano e, ao liberá-la, acaba criando
grandes redemoinhos que tragam para o fundo dos mares os navios que
se atrevam a passar por ali. A criatura aparece em duas das
principais histórias da cultura grega: a Odisséia, de
Homero, e no mito de Jasão e o Velo de Ouro. Com
sua presença confirmada em God of War: Ascension, Kratos
será então o terceiro herói grego a enfrentar a criatura (e, pelo
que conhecemos dele, provavelmente o último).
Desenvolvimento

Outra
novidade que deixou todos os fãs roendo as unhas de expectativa foi
o anúncio de que o novo jogo usaria a tecnologia Stereoscopic
3D, com Todd garantindo que, ao
contrário do que acontece em God of War: Origins
Collection, o jogo está sendo
desenvolvido para o 3D, e não apenas sendo convertido, o que garante
uma experiência muito mais bonita e profunda.
Além
disso, a trilha sonora está a cargo das feras Tymothy Williams e
Tyler Bates. A dupla já trabalhou junta em vários trabalhos, como
nos filmes 300, Watchmen, Sucker Punch e
na filmagem mais recente de Conan: O Bárbaro. A
parceria entre os dois compositores também já é uma velha
conhecida no mundo dos games, aonde foram responsáveis pelas trilhas
sonoras de Rise of The Argonauts, Transformers: The Game e
Army of Two: 40th Day, curriculum
que mostra que podemos esperar mais um trilha épica para a franquia.
Modos de jogo
Galera curtindo o multiplayer de God of War - Ascension na Brasil Game Show |
Mas,
talvez
para
compensar
isso,
a
empresa
preparou
uma
das
maiores
surpresas
para
os
fãs
da
série:
um
modo
multiplayer. Sim,
God of War: Ascension
é
o
primeiro
jogo
da
série
com
esse
modo!
E,
diferente
do
que
se
pode
esperar,
Kratos
não
está
presente
nele.
Ao
invés
disso,
o
jogador
jogará
com
heróis
lendários da mitologia grega em
meio
à
Guerra de Troia (Perseus, Aquiles, Orion e Odisseu/Ulisses do lado
grego; Heitor, Eneias, Paris e Agenor pelo lado troiano),
e
deverá
conseguir
a
ajuda
dos
deuses
para
alcançar
a
vitória
e
se
tornar
um
herói
de
renome.
Isso
pode
ser
feito
matando
os
adversários,
mas
também
coletando
itens
e
tomando
santuários,
o
que
o
torna
muita
mais
grandioso
e
complicado
do
que
o
simples
multiplayer “mate
tudo
o
que
se
mover”.
E,
apesar
de
não
ter
o
Kratos,
o
Comando
Login
jogou
a
maior
novidade
de
God of War: Ascension
e
chegou
ao
incrível
veredito
de
que,
sim!
Ficou
muito
bom!
Confiram
comigo
no
replay: