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Disk Pizza ep 2 - Game of Thrones



O segundo episódio do Disk Pizza é sobre Game of Thrones. A série que estreia sua terceira temporada este domingo, dia 31 de março, é apresentado por Monique Nascimento e alvo de comentários de Pedro Zambon, Rafael Nóia e das convidadas especiais Mariana Bonfim, colaboradora do Na Calçada - Podcast e curadora do Westeros-Teco, e Thaiza Lessa, fã da obra de George R. R. Martin. Aperte o play, pegue um pedaço e divirta-se!

Links comentados nesse episódio

III Westeros Teco SP

Novos personagens da terceira temporada

12 perguntas para a terceira temporada

Como apresentar Game of Thrones em diferentes situações

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Trailer da Terceira Temporada





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Disk Pizza no Spreaker

Julia Gabriele: Quando a internet se torna cruel demais


Julia Gabriele é uma criança. Tem 12 anos, gosta de Demi Lovato e ouvir música, estuda, brinca com seus amigos: uma criança normal e feliz. Mas como todos nesse mundo conectado, Julia tem um perfil virtual, apesar da limitação de idade do Facebook de no mínimo 13 anos - algo que não impede muito quem cria, já que raramente se fiscaliza esse tipo de coisa antes de alguma denúncia mais assídua. Mas a história sobre Julia e suas aventuras no mundo online não é feliz: ela nos ensina como a internet pode ser cruel e mostrar a face mais perversa do ser humano.

Piadas podem ir longe demais...
Tudo começou quando uma página de "humor" - como uma daquelas milhões que tem por aí - descobriu o perfil de Julia e passou a usar as suas fotos como um meme. Embalados em um sucesso repentino, várias outras páginas foram criadas, replicando os memes que passam dos milhares de compartilhamentos e curtidas. Sua sobrancelha passou a se tornar centro de várias piadas, e a agressividade delas ficava cada vez maior. Das páginas de humor, seu perfil real foi encontrado. A situação se torna mais grave. Em seu perfil, centenas de pessoas começam a postar fotos de instrumentos cortantes, pinças, aparelhos de barba. Ferida pela ação, ela chora e se torna mais uma vítima de uma sociedade que não perdoa "defeitos".



Julia Gabriele: "estou muito xatiada com tudo isso, todas as pessoas estão rindo de mim, pessoas da minha cidade, pessoas que conheço, aqui na internet, estou chorando o dia inteiro por causa de vcs queria ver se voces fossem gostar se estivessem no meu lugar"
Cabe dizer, antes de qualquer comentário, que não sou um adepto da onda do politicamente correto. Transformar o humor em água com açúcar e impedir o uso de arquétipos e esteriótipos (assim como os grandes e históricos humoristas sempre fizeram) é uma visão deturpada que não compartilho. Mas pegar uma criança de 12 anos entrando na adolescência e transformar a imagem dela em um humor baixo e agressivo é estupidez humana. Quando se destrói a auto-estima de um ser humano em fase de formação de personalidade para uma piada que além de tudo é ruim? Puro sadismo que expõe um dos lados mais perversos da internet. Mas a física já nos ensinou: toda ação tem uma reação.

Assim como o ataque, as manifestação de apoio se multiplicaram. Páginas surgiram, imagens foram criadas, mas ainda assim restava o argumento: "se você não queria ser zoada, porque não comprou uma pinça e acabou com seus problemas?" São respostas tristes que evidenciam problemas sociais bem mais profundos e seus paradigmas da ditadura da beleza. Afinal, porque uma criança de 12 anos precisa se preocupar em manter a sobrancelha aparada e o buço depilado? E se ela escolheu não fazer isso, deve ser motivo de críticas por ser criança e não querer se preocupar com a aparência "ideal" que esperam dela? Não ser da maneira com que os outros querem por saber "que a internet tem dessas coisas e zoa todo mundo mesmo" e usar isso de desculpa para a violência? São questionamentos que surgem e revoltam, mas que evidenciam algumas coisas da própria personalidade e essência das pessoas.

Falar mal dos outros é um mecanismo para se sentir valorizado. É uma expressão do ego humano. Comparando alguém como inferior cria-se uma falsa sensação de superioridade, um preenchimento de uma lacuna de baixa auto-estima, muitas vezes criada justamente por atitudes agressivas como essas. É um ciclo de pessoas que buscam validação exterior baseada na violência, gerando cada vez mais violência. Uma atitude que revela mais sobre agressor do que sobre o agredido.



Mas é possível lutar contra esse ciclo, para além de filosofias e #revolts. Você pode fazer algo por ela e outras Julias por aí com ferramentas que o próprio Facebook nos oferece.

Combatendo o cyberbullying no Facebook

Apesar de ser bem permissivo, apesar das regras, quando se trata de menores de idade no Facebook, é frequente que a rede social apague ou puna usuários por publicação de fotos inadequadas após muitas denúncias. E é assim que se faz para impedir que a prática se perpetue.


Segundo o Facebook, é possível denunciar qualquer ato que vá contra os Padrões da Comunidade entre ele, temos o tema:

Bullying e assédio

O Facebook não tolera bullying ou assédio. Permitimos que os usuários falem livremente sobre assuntos e pessoas de interesse público, mas tomamos medidas em relação a todas as denúncias sobre comportamento abusivo direcionado a pessoas em particular. Solicitações de amizade ou mensagens indesejadas enviadas repetidamente a outros usuários é uma forma de assédio








Então, se você pode fazer algo para demonstrar sua revolta, a denúncia é a melhor ferramenta. Vamos esperar que o pessoal do Facebook aja rápido e que o pesadelo de Julia possa acabar o quanto antes.

Por Pedro Santoro Zambon


ATUALIZAÇÃO

A repercussão do fato gerou efeito. Pouco mais de 24h depois da publicação das imagens as páginas responsáveis ficaram fora do ar. Outras foram criadas, mas logo são denunciadas e retiradas. O lado bom da internet está triunfando, felizmente... Obrigado a todos que fizeram parte dessa campanha e denunciaram o conteúdo. Vamos esperar que esse tipo de ato não se repita e que Julia supere esse episódio.

Entenda a importância do Vale Cultura na luta pelos games no Brasil


Foi-se o tempo da indústria de games no Brasil ser uma mera coadjuvante no mercado internacional. Com números cada vez mais impressionantes, não demorou para o Governo começar a entender a importância dessa mídia. Os desafios são imensos, a começar pela carga tributária excessiva, mas graças a iniciativas como o Jogo Justo e a luta de pessoas como Moacyr Alves, idealizador do projeto e conselheiro para a área de jogos eletrônicos no Ministério da Cultura, estes obstáculos, ao poucos, estão sendo superados. 

A primeira grande vitória veio em 29 de novembro de 2011, quando a portaria nº116 do Ministério da Cultura reconheceu os jogos eletrônicos como segmento cultural para recebimento de doações e patrocínios pela Lei Rouanet. Em outras palavras, games passaram a poderem ser financiados sob as mesmas regras que o cinema, o teatro, a música, dentre outras obras culturais. Essa conquista, inclusive, já teve seu primeiro beneficiado. Mas antes mesmo disso acontecer, surgiram alguns avanços dentro da própria Secretaria do Audiovisual, como o projeto de financiamento BrGames, ou mesmo no Ministério do Desenvolvimento, com a inclusão de jogos eletrônicos no segmento de audiovisual do Plano Brasil Maior.

Mas como toda boa guerra não é feita só de vitórias, o avanço dos games nas políticas governamentais esbarrou em um importante projeto: o Vale-Cultura. Segundo a atual ministra Marta Suplicy, "game não é cultura" e, portanto, não receberia os benefícios da iniciativa.

O que é o Vale Cultura?

É um instrumento idealizado pelo governo federal para garantir o acesso aos meios culturais disponibilizados no país. De maneira prática, serão R$50 mensais para o trabalhador que recebe até cinco salários mínimos gastar com cultura. Além do mais, é um benefício acumulativo, ou seja, o trabalhador poderá usar a sobra nos meses seguintes. Ele será disponibilizado preferencialmente por meio magnético, impossibilitando a troca do vale por dinheiro vivo. A verba utilizada para sustentar o vale vem de duas fontes distintas: até 10% deo valor (dez reais) viria de um desconto no salário do trabalhador, enquanto os outros 90% (quarenta reais) seriam pagos pelas empresas, que poderão usar esse valor para deduzir em até 1% de seu imposto de renda devido.

Quais são os benefícios?

Além da projeção de injetar 7 bilhões anuais na área de cultura no Brasil e atender por volta de um milhão de trabalhadores neste primeiro ano de implantação, o projeto ainda vai alimentar o mercado de produção cultural no país, beneficiando toda a cadeia produtiva: dos produtores, artistas e distribuidores até o consumidor final - inclusive ajudando a democratizar a cultura no país.

Porque os games se beneficiariam disso?

Aumentar o poder de consumo de games - sobretudo a uma parcela da população mais pobre que está acostumada com a pirataria e que agora vai poder investir este valor em jogos originais - vai injetar dinheiro no mercado formal de games, estimulando a indústria tanto de desenvolvimento (afinal jogos produzidos no país também se beneficiarão) quanto no mercado de distribuição deste tipo de mídia. Aí, surgem todas aquelas consequências básicas: geração de empregos no setor, fortalecimento da indústria perante o cenário internacional, etc. Este artigo fala disso de maneira mais aprofundada.


E porque a ministra é contra Vale Cultura para os games?

Em grande parte, por desinformação. Vamos reproduzir exatamente toda a fala dela durante o depoimento em que fez a afirmação de que game não é cultura. Esta resposta surgiu após o questionamento do pesquisador e designer de games Francisco Tupy, "O que o ecosistema que trabalha com jogos digitais, pesquisadores, desenvolvedores, professores etc pode esperar do Vale Cultura?"

“No caso dos jogos digitais, o assunto ainda não foi aprofundado o suficiente, mas eu acho que eu seria contra. Eu não acho que jogos digitais sejam cultura […] Mas a portaria é flexível. Na hora em que vocês conseguirem apresentar alguma coisa que seja considerada arte ou cultura, eu acho que pode ser revisto. No momento o que eu vejo é outro tipo de jogo. Encaminhem para o ministério as sugestões que vocês estão fazendo. Eu tenho certeza que talvez vocês consigam fazer alguma coisa cultural. Mas, por enquanto, o que nós temos acesso, não credencia o jogo como cultura. O que tem hoje na praça, que a gente conhece (eu posso também não conhecer tanto!) não é cultura; é entretenimento, pode desenvolver raciocínio, pode deixar a criança quieta, pode trazer lazer para o adulto, mas cultura não é! Boa vontade não existe, então, vocês vão ter que apresentar alguma coisa muito boa”.

Resumindo a declaração da ministra, a grande questão é que, para ela, os jogos eletrônicos "que tem hoje na praça, que a gente conhece" não passam de puro entretenimento, seriam um simples instrumento de "lazer para o adulto" e ferramenta para "deixar a criança quieta". Esse pensamento equívoco lança um debate importante, que é o centro da discussão sobre os jogos eletrônicos: game é cultura? A partir dessa resposta, os jogos eletrônicos finalmente poderão ser equiparados a outras mídias mais consolidadas - e livre de preconceitos - como o cinema e a música. Quebrar essa barreira dos games como algo além do entretenimento é o ponto chave para a realização de conquistas como o próprio Vale Cultura e, sobretudo, para a consolidação do mercado de games no país.

E como disse a própria ministra: "a portaria é flexível. Na hora em que vocês conseguirem apresentar alguma coisa que seja considerada arte ou cultura, eu acho que pode ser revisto". E será. 

Disk Pizza ep 1 - And the Oscar goes to...




Nesse domingo, dia 24, acontece o Oscar, o tão prestigiada premiação do cinema de Hollywood. Para explicar como funciona o Oscar, o que é a misteriosa Academia e comentar as principais categorias dessa que é a 85ª edição do Academy Awards, sai do forno o primeiro Disk Pizza, seu delivery do que há de mais saboroso no mundo da cultura pop. Quem são os favoritos? Quem foi injustiçado? Cadê "O hobbit"? Aperte o play, pegue um pedaço e divirta-se!

Nessa edição contamos com a participação especial de Felipe de Oliveira Mateus (Pinguim), Tainá Goulart (Tãina) e Vitor Moura (Cicatriz), além dos loginers Luís Morais (Bóvis), Monique Nascimento (Lina) e Pedro Zambon (Lennon). A lista completa de indicados e os trailers dos concorrentes ao prêmio de Melhor Filme você confere aí embaixo.


Filme
"Indomável sonhadora" - trailer
"O lado bom da vida" - trailer
"A hora mais escura" - trailer
"Lincoln" - trailer 
"Os Miseráveis" - trailer
"As aventuras de Pi" - trailer
"Amor" - trailer
"Django livre" - trailer
"Argo" - trailer

Diretor
Michael Haneke ("Amor")
Benh Zeitlin ("Indomável sonhadora")
Ang Lee ("As aventuras de Pi")
Steven Spielberg ("Lincoln")
David O. Russell ("O lado bom da vida)

Ator
Daniel Day-Lewis ("Lincoln")
Denzel Washington ("Voo")
Hugh Jackman ("Os miseráveis")
Bradley Cooper ("O lado bom da vida")
Joaquin Phoenix ("O mestre")

Atriz
Naomi Watts ("O impossível")
Jessica Chastain ("A hora mais escura")
Jennifer Lawrence ("O lado bom da vida")
Emmanuelle Riva ("Amor")
Quvenzhané Wallis ("Indomável sonhadora")

Ator coadjuvante
Christoph Waltz ("Django livre")
Philip Seymour-Hoffman ("O mestre")
Robert De Niro ("O lado bom da vida")
Tommy Lee Jones ("Lincoln")
Alan Arkin ("Argo")

Atriz coadjuvante
Sally Field ("Lincoln")
Anne Hathaway ("Os miseráveis")
Jacki Weaver ("O lado bom da vida")
Helen Hunt ("The sessions")
Amy Adams ("O mestre")

Filme estrangeiro
"Amor" (Áustria)
"No" (Chile)
"War witch" (Canadá)
"O amante da rainha" (Dinamarca)
"Kon-tiki" (Noruega)

Roteiro original
Michael Haneke ("Amor")
Quentin Tarantino ("Django livre")
John Gatins ("Voo")
Wes Anderson e Roman Coppola ("Moonrise kingdom")
Mark Boal ("A hora mais escura")

Roteiro adaptado
Chris Terrio ("Argo")
Lucy Alibar e Benh Zeitlin ("Indomável sonhadora")
David Magee ("As aventuras de Pi")
Tony Kushner ("Lincoln")
David O. Russell ("O lado bom da vida")

Animação
"Valente"
"Frankenweenie"
"ParaNorman"
"Piratas pirados!"
"Detona Ralph"

Documentário em longa-metragem
"5 broken cameras"
"The gatekeepers"
"How to survive a plague"
"The invisible war"
"Searching for a sugar man"

Documentário em curta-metragem
"Inocente"
"Kings point"
"Mondays at Racine"
"Open heart"
"Redemption"

Fotografia
"Anna Karenina"
"Django livre"
"As aventuras de Pi"
"Lincoln"
"007 – Operação Skyfall"

Edição
"Argo"
"A vida de Pi"
"Lincoln"
"A hora mais escura"
"O lado bom da vida"

Trilha sonora original
Dario Marianelli ("Anna Karenina")
Alexandre Desplat ("Argo")
Mychael Danna ("As aventuras de Pi")
John Williams ("Lincoln")
Thomas Newman ("007 – Operação Skyfall")

Canção original
"Before my time", de "Chasing ice" – J. Ralph (música e letra)
"Everybody needs a best friend", de "Ted" – Walter Murphy (música) e Seth MacFarlane (letra)
"Pi's lullaby", de "As aventuras de Pi" – Mychael Danna (música) e Bombay Jayashri (letra)
"Skyfall", de "007 - Operação Skyfall" – Adele (música e letra)
"Suddenly", de "Os miseráveis" – Claude-Michel Schönberg (música), Herbert Kretzmer (letra) e Alain Boublil (letra)

Efeitos visuais
"O hobbit: Uma jornada inesperada"
"As aventuras de Pi"
"Os vingadores"
"Prometheus"
"Branca de Neve e o caçador"

Edição de som
"Argo"
"Django livre"
"As aventuras de Pi"
"A hora mais escura"
"007 – Operação Skyfall"

Mixagem de som
"Argo"
"Os miseráveis"
"As aventuras de Pi"
"Lincoln"
"007 – Operação Skyfall"

Melhor curta-metragem
"Asad"
"Buzkashi boys"
"Curfew"
"Death of a shadow (doos van een schaduw)"
"Henry"

Curta-metragem de animação
"Adam and dog"
"Fresh guacamole"
"Head over heels"
"Maggie Simpson in 'The Longest Daycare'"
"Paperman"

Figurino
"Anna Karenina"
"Os miseráveis"
"Lincoln"
"Espelho, espelho meu"
"Branca de Neve e o caçador"

Design de produção
"Anna Karenina"
"O hobbit: Uma jornada inesperada"
"Os miseráveis"
"A vida de Pi"
"Lincoln"

Maquiagem e cabelo
"Hitchcock"
"Os miseráveis"
"O hobbit: Uma jornada inesperada"

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Apocalipse: Logincast dos Sobreviventes



E chegamos ao dia 22! O mundo não acabou! Uhuuu!!!!!!

Ou não.

Deve ter muita gente que ficou frustrada por acordar e não ver os céus em chamas, zumbis andando pelas ruas ou Testemunhas de Jeová alienígenas tocando a campainha com um mensagem especial de Chtulhu. Mas não se desesperem! O Comando Login está aqui para lembrá-los de como poderia ser o Apocalipse. E é isso que vocês encontrarão no nosso Logincast especial sobre apocalipses: zumbi, alien, nuclear, corinthiano...todos os apocalipses imagináveis são comentados com muito mau bom humor por Pedro Zambon, Bruno Marise, Damaris Rota, Felipe Navarro: o Bagaço, Gabriela Brandão, Monique Nascimento e Rafael Nóia, mostrando que, ainda que ele não tenha zumbis correndo pela rua e aliens atirando lasers em nossas casas, não é motivo para não se divertir com o Fim dos Dias.

Então, aproveitem o tédio de mais um sábado comum e curtam nosso Logincast Especial: Apocalipse.


Mundo Gamer de 28/09 a 04/10


PEEEEGGGUUUEEE o controle aperte o star, está no ar o Mundo Gamer, seu resumo de notícias de games, sempre ao vivo pelo Comando Login, Rádio Unesp Virtual e Gameshow. Nesse programa muita coisa legal, muita coisa bacana:

- Capcom simula açougue vendendo carne humana para fazer propaganda de Resident Evil 6
- Fiquei por dentro de tudo sobre o novo game da série

- Confira os principais jogos que serão lançados na semana que vem

- COMANDO LOGIN NA BRASIL GAME SHOW

- Minigame traz o viciante Hero Zero
- O repórter Bruno Marise explica porque Max Paine III não é só mais um GTA

Não dá para perder, clica ai embaixo e escuta. Essa é uma produção em pareceria com o Núcleo de Jornalismo da Rádio Unesp Virtual e Gameshow.
Quer baixar esse episódio, dá aquele clique aqui.

Mundo Gamer 6 a 13-09

Foto: Alex Benito
Pegue o controle e aperte start!. O Mundo Gamer dessa semana já está no ar! Novidades no ar: agora o programa será transmitido ao vivo pela Rádio Unesp Virtual e pelo Spreaker. Portanto, fique ligado no Comando Login toda QUINTA a partir das 19h30 tem Mundo Gamer ao VIVO e sem cores.
Na estreia desse novo formato você confere:

Tudo indica que a Eletronic Arts está com a mão coçando para comprar a Valve.
- Lançamentos de Tekken Tag 2 e Double Dragon Neon agitam o mercado de games.
- A Nintendo finalmente divulgou data, preço e os primeiros jogos do seu novo console.

- A cobertura da conferência do Wii U em primeira mão.

- Minigame: Jet Pack Joy Ride

Game Flashback: Pancadaria come solta em Bully.

Aperte o play abaixo e fique por dentro de tudo que aconteceu nessa semana. Para baixar esse programa clique aqui.



Essa é uma produção em parceria com o Núcleo de Jornalismo da Rádio Unesp Virtual.
Apresentação de Wagner Alves
Comentários de Felipe Navarro
Boletim de Gabriela Brandão
Edição de Wagner Alves e Pedro Zanbom

PodCafé 4 - Animes de Infância

Foto: Alex Benito
Pegue a sua xícara de café, adicione leite e aperte o play que começa agora o PodCafé do Canal Café com Leite. Nessa semana, Wagner "Wakka", Alex Benito, Saulo Sanches e Pedro "Lenon" falam sobre os animes que marcaram a infância. Agradecimento ao pessoal que votou na nossa enquete. Se você quiser participar entre na nossa página do Facebook. Nesse episódio:

- Diferença entre anime e desenho
- Fly cópia de Dragon Ball?
- Dragon Ball ou dragon Ball Z?
- Saulo imitando Shun de Andromenda
- Teoria que transforma Pokemon no melhor anime do mundo
- Porrada em Street Fighter
- Supercampões, como um anime de futebol pode ser bom?
- Recomendações de animes
- Resultado da enquete
- No final: erro da gravação.

APERTE O PLAY NA BARRA ABAIXO ou baixe esse episódio aqui.

PodCafé 3 - Redes Sociais

Foto: Alex Benito


Pegue sua xícara de café, adicione leite e aperte o play que vai começar o PodCafé. Nessa semana o assunto é a evolução das redes sociais. Wagner "Wakka" Alves, Alex Benito, Saulo Sanches e Pedro "Lenon" Zambon lembram o mIRC, ICQ, bate-papo, MSN até o atual Facebook tomando conta. Se você é representante da TECPIX, por favor, ignore esse podcast. 
Assuntos: 

- Nascimento do mIRC
- Função do mIRC em descobrir senha de site pornô
- Barulhos legais do ICQ
- Experiência em bate-papo UOl: login com o nome DEUS
- As genialidades do Skype
- Nascimento e explicação do MSN
- Passagem para o Windows Live Messenger
- Nascimento e morte do Orkut
- Domínio de brasileiros no Orkut (escritório mundial em BH)
- Passagem para o Facebook
- Lenon defendendo sozinho o Google +

O PodCafé é uma parceria entre o Comando Login e o Canal Café com Leite.  Para participar ou mandar seu recado, acesse  a página do Café com Leite no Facebook e adicione @cfcomleite no twitter.

Para baixar esse episódio clique aqui.





Veja o que rolou na conferência da Ubisoft




Hoje é o dia das conferências na E3. Enquanto nosso correspondente Felipe Navarro se preparava para a conferência da Sony, ficamos de olho no que rolou na Microsoft, EA e principalmente na Ubisoft. A empresa vem despontando como uma das mais inovadoras do mercado e trouxe novidades excitantes como Far Cry 3, Assassins Creed 3 e a grande surpresa positiva: Watch Dog. Veja abaixo o resumo do que rolou na conferência da Ubisoft.

Clique aqui para rever a conferência na íntegra

Just Dance 4: Belas mulheres e um rapper excêntrico


Mulheres bonitas dançando várias músicas animadas e um rapper (Flo.rida, ou algo assim) com seu microfone dourado espalhafatoso cantando ao vivo. Agitou o público ansioso pelo anúncio dos outros games mais aguardados, e oficializou o lançamento do quarto título da série de games de dança mais bem sucedida do mundo. 
Depois de um primeiro jogo muito criticado, o título emplacou em 2010 com Just Dance 2, que vendeu 9 milhões de unidades no mundo. Já o Just Dance 3 surgiu em 2011 e continuou agradando o público, surpreendendo nas vendas do Wii, com 5 milhões de vendas contra 2 milhões na concorrente Microsoft (do todo poderoso Kinect) e dos fracos 200mil do PlayStation3. Uma sequencia sem grandes novidades, mas que renova uma franquia de sucesso na área.

Far Cry 3: Mundo aberto, gráficos lindos, jogabilidade animadora e peitinhos


E o primeiro jogo "hardcore" apresentado é o game que havia sido anunciado na e3 2011: Far Cry 3. É demonstrado o gameplay do jogo, com gráficos muito sólidos, em primeira pessoa, com a imersão em um mundo aberto tropical. Segundo anunciado, não serão uma ou duas ilhas, mas sim um arquipélago inteiro para se explorar. Depois de ver o vídeo, dá pra perceber que o jogo promete muita diversão e gráficos de primeira linha. E tudo isso com um trailer que começa com peitinhos, para os punheteiros de plantão apreciadores da beleza feminina.



Splinter Cell Blacklist: Muito stealth e ação


O jogo já era "pauta fria" na hora da conferência da Ubisoft, já que já tinha sido recém-anunciado na conferência da Microsoft, poucas horas antes. Mas ainda assim causou bastante comoção em um trailer cheia de infiltração stalker altamente sincronizada com explosões e apretrechos de última tecnologia espiã contra terroristas árabes maus e perversos. Parece Divertido.



Avengers Battle for the earth: O futuro do Kinect é Marvel?


Com recordes de bilheteria e futuro promissor a franquia Avengers não ficaria fora dos consoles por muito tempo. E esse game é uma das promessas. Com um trailer empolgante de lutas entre Wolverine e Venom; Homem Aranha e Magneto, surgem todas as potencialidades dos heróis Marvel. Só uma coisa que pode colocar um pé atrás nessa empreitada: o detalhe de ser Kinect/Wii U, ou seja, com controles não tradicionais. Para quem não acredita ainda em jogos hardcore para esse tipo de plataforma, pode ser desanimador - mas para os entusiastas está aí um título que pode ir além dos jogos casuais e realmente envolver o usuário mais tradicional. Tudo depende da jogabilidade, vamos aguardar... 


Rayman Legends: Wii U Mote a última potência


Sabe aqueles joguinhos que você compraria pro seu filho ou sobrinho mas é você acaba se viciando e jogando mais do que o mini-petiz? Então, esse é Rayman Legends, que surge com muitas funcionalidades para Wii U. O joguinho mostra possibilidade para vários players e a parte mais legal foi uma fase onde a música sincroniza perfeitamente com a jogabilidade, causando um efeito divertido e bem legal.



Zombi U: Nintendo hardcore


Quem ainda acha que o Wii U vai pecar, assim como seu antecessor, na falta de títulos maduros e sólidos vai mudar de opinião depois de ver esse jogo. Essa onda de fim de mundo, 2012, apocalipse zumbi...não poderia haver tema melhor pra lançar um jogo. E não poderiam ter feito trailer mais animador. O jogo pode até se tornar uma bomba, mas o trailer de anúncio já vale a aposta. 


Assassins Creed 3: O astro da noite


Parem as máquinas. Liguem os holofotes. O jogo mais esperado da conferência: Assassins Creed 3 libera mais informações sobre a história, jogabilidade, gráficos... Um trailer de anúncio é divulgado e a sensação de que 31 de Outubro (data de lançamento do game) está dolorosamente distante. Os fãs - ou pelo menos esse fã que vos fala - não ficaram decepcionados com mais essa dose de um dos games mais esperados do ano.




Watch Dogs: A mítica surpresa


A grande surpresa. Um jogo espetacular está por vir. Em um mundo futurista onde tudo está conectado à rede, você está lá, o super hacker da vida real podendo acessar a vida das pessoas a sua volta em um ambiente orgânico e lindo, que lembra um pouco GTA, só que mais realista. Com recursos de jogabilidade absolutamente inovadores, temos diante de nossos olhos uma das maiores promessas de 2013 - ou não, já que a data de lançamento não foi anunciada. Mas todos rezam pra que isso esteja em nossos consoles o quanto antes...


Reveja as conferências que rolaram no dia 4, na E3

04/06 – 14h – Microsoft - veja a conferência completa clicando aqui.

04/06 – 17h – Electrocic Arts - veja a conferência completa clicando aqui.

04/06 – 19h – Ubisoft - veja a conferência completa clicando aqui.

04/06 – 22h – Sony - veja a conferência completa clicando aqui.

05/06 – 13h - Nintendo - veja a conferência completa clicando aqui.


Zelda da maneira mais épica que você jamais viu, por Lindsey Starling



Aqui está provavelmente um dos vídeos mais fodas que você vai ver hoje. E também há grandes chances de você se apaixonar pela protagonista desse vídeo, Lindsey Stirling. É uma interpretação em violino das mais perfeitas da trilha sonora de Zelda. A ideia original, segundo a descrição do vídeo, surgiu em relação ao lançamento do jogo da Nintendo, Zelda: Skyard Sword e foram usados trechos das trilhas mais famosas da série. O legal é que no site da violinista ela até disponibiliza para venda a partitura da música, para quem quiser aprender a tocá-la.

Confira duas versões da interpretações, uma épica, em um clipe dirigido pelo cineasta David Super Trump e outra fazendo um dueto consigo própria (sim, isso é possível com o milagre da tecnologia).


Sobre Lindsey Stirling 


Para você que se apaixonou e que saber mais sobre essa violinista, deixamos para você stalker falemos um  pouco sobre ela. Lindsey é americana, tem 25 anos e se tornou famosa após ser uma das finalistas do programa America's got Talent. Mas além de uma estrela de reality show, Lindsey começou a aprender suas skills no violino aos 6 anos, depois que entrou em contato com a música clássica através dos discos de seu pai em uma velha vitrola. Apesar de dificuldades financeiras constantes que sua família passou durante a infância, Lindsey se manteve estudando música. Com 12 anos Lindsey compôs sua primeira música, o que fez com que ela ganhasse um concurso de Miss Jr. local. Aos 16 entrou formou uma banda de rock com mais 4 amigos, ainda tocando violino, e versatilizou seu estilo para além da música clássica. Ela já fez diversos trabalhos, e para saber mais basta ver sua descrição no site pessoal ou entrar no seu canal do Youtube para conferir vários dos seus trabalhos. Abaixo, outros dois trabalhos épicos da violinista. Um deles, de nada mais nada menos que uma interpretação de Senhor dos Anéis. Mítico.

A resposta definitiva para todas críticas acéfalas sobre a Campus Party

Depois da Campus Party, assim como em qualquer evento, muitos blogueiros decidem dar o ar da graça e criticar o evento sem o mínimo de conhecimento de causa. Isso é esperado, normal, e até útil para organização ver as críticas mais recorrentes e tentar melhorar no ano seguinte. No entanto, como de praxe, muitos autores decidem escrever críticas com o único intento de ganhar publicidade em torno da polêmica - fazendo isso miseravelmente de forma acéfala e sem argumentos. Para fazer uma resposta a todos esses tipos de postagens, elegi o mais idiota típico de todos eles de um tal blog do Zé Marcos. Eu sei que não se deve dar publicidade demasiada para esse tipo de post troll, mas entendi que é algo didaticamente necessário para que os leitores compreendam mais a fundo a diferença entre crítica e o famoso "mimimi".

Usem com vontade esse post quando verem alguma crítica similar pela internet.

"Sou apaixonado por tecnologia, mas não encontrei um motivo até hoje para me deslocar para São Paulo para participar da Campus Party, considerado o maior evento tecnológico do País. Maior em quê? Em reunir um monte de gente para navegar na internet em "alta velocidade"? Para mim, o evento está mais para uma lan house gigante e bagunçada."

Uma das primeiras Campus Party, em 1998
O primeiro argumento do autor começa questionando se a Campus seria realmente o maior evento de tecnologia do país no reducionismo de considerá-la, como essência principal, uma reunião de computadores em volta de alta velocidade na internet. Se esse fosse o objetivo principal do evento, a primeira edição dele em 1997 não seria com 10 modens de 56k compartilhados entre 250 pcs. A grande verdade é que a velocidade da internet é mais uma ação de marketing da patrocinadora do que a própria essência do porque se realiza o evento. A Campus, segundo ele, se tornaria uma lan house gigantesca e bagunçada. Talvez para a minoria que vai para lá apenas por downloads em alta velocidade. No entanto - quem estava lá pode confirmar isso - vi muita gente mais interessada em outras atividades do que simplesmente ficar lotando seus HDs no DC++ (rede interna de downloads).

"As únicas coisas que salvam são algumas palestras. E mesmo assim, são personalidades confirmando o que todo mortal está careca de saber: que o futuro é a navegação nas nuvens, que os tablets ajudam na educação, que os professores precisam ser apaixonados pelo que fazem para dar uma boa aula..."

Outro engano típico de quem critica sem conhecimento de causa. Quem realmente deu uma olhada na programação oficial do evento sabe enumerar inúmeras palestrar que trouxeram algo a mais do que essas palestrinhas senso comum que ele expôs. Na área de Entretenimento Digital, que passei grande parte do tempo, conferi diversos profissionais consolidados no mercado de games falando da experiência de desenvolvimento e a consequente fórmula para o sucesso em uma indústria um tanto defasada no Brasil. O destaque vai para a Ace Team, uma produtora chilena que com orçamento limitado desenvolveu um jogo que ganhou prêmios disputados com games como LA Noir. Mas além desse "ramo" de palestras, também vimos uma aula do Adolfo Menezes Melito, um dos dirigentes da fecomercio e ex-badass da TecToy, falando sobre o mercado de softwares no Brasil. Não esquecendo é claro da palestra de Fábio Galvão e Luiz Gondim, que mostraram as inúmeras aplicabilidades dos games na reabilitação e terapia ocupacional com o uso de dispositivos como o Kinect e Wii mote.

Saindo da área de games, além das inúmeras oficinas que garantiram um crescimento profissional gigantesco aos participantes, vemos debates essenciais sobre a cultura digital que vão muito além da navegação em nuvem - discutindo, por exemplo, o futuro da rádio digital na era do podcasting, além de outros questionamentos sobre a mídia digital em choque com a mídia tradicional. Eu poderia continuar dando outros exemplos, mas o texto ia ficar longo demais...melhor disponibilizar para você, leitor, ferramentas para ver o que rolou de fato.

"Esses três temas "reveladores" estão na última edição do Link, caderno de informática do Estadão, fazendo um balanço do evento. Ah, vá!!!"

Um argumento típico, que vi em muitas das críticas, é o reducionismo de medir a qualidade do evento por aquilo que aparece na grande mídia sobre ele. Sabemos que a Campus Party foi muito mais do que os simuladores que apareceram no Jornal Nacional ou os eventos noticiados pelos cadernos de tecnologia da Folha ou Estadão.


"Por falar em palestras, uma delas, com o blogueiro responsável pelo blog de humor "Não Salvo", confirmou o que todo internauta com um mínimo de bom senso também já sabe: que as pessoas compartilham porcarias e fofocas nas redes sociais sem se dar ao trabalho de confirmar se é verdade ou não em um site com credibilidade. O blogueiro, que possui um montão de seguidores no Twitter, conseguiu "matar" o ator Edgar Viva, que interpreta o Seu Barriga na série Chaves, fazendo com que a mentira entrasse nos tópicos mais comentados durante sua palestra. Como que tanta gente dá credibilidade a alguém que vive do humor, da zoação? "

Copiarei a última frase para dar enfase no tipo de besteira dita pelo tal Zé Mario, e que aparece de maneiras diferentes em outras criticas que li.  '"Como que tanta gente dá credibilidade a alguém que vive do humor, da zoação?". Chales Chaplin que o diga. Mont Python e Douglas Adams também. Mas é claro que não quero comparar blogueiros a eles, só quis uma resposta àquela declaração exagerada e babaca menosprezando o poder do humor. E só pra falar desse fato específico, eis aí uma bela crítica ao movimento de notícias e informações que a cultura digital criou, onde informações falsas se tornam reais em minutos. A notícia perdeu o valor da credibilidade em detrimento da velocidade. Uma comprovação 2.0 daquela lei que uma mentira contada várias vezes vira verdade. O sociólogo da era digital, Zygmunt Bauman fala disso em um dos seus capítulos do livro "44 Cartas do Mundo Líquido Moderno". Aliás, recomento qualquer uma das obras desse autor para se entender um pouco o que é a Cultura Digital e os eventos consequentes, como a Campus Party. E só pra concluir esse trecho, não entendi a relação de um único fato de uma única palestra contar como argumento para negativizar o evento como um todo.

Nessa palestra, o blogueiro Maurício Cid comprovou a propagação de notícias falsas na Web.


"Em resumo, a Campus Party é sempre mais do mesmo. Os participantes reclamam todo ano de um monte de problemas básicos, como segurança, calor, conexão e até água, e nada de proveitoso se tira do encontro. De tudo que li a respeito, nada inovador, nada diferente... Nada!!!"

Eu vou até desconsiderar o "mais do mesmo" porque já dei argumentos disso lá em cima. Quanto aos problemas de infra-estrutura, aí sim, existe algo com o qual concordo com você. De fato a organização subestimou o  fato do Anhembi se tornar uma cidade de 8mil habitantes durante uma semana. Mas também entendo que eles planejaram a mesma estrutura de segurança em países como o México e não houveram grandes problemas nesse quesito, por exemplo. Aqui está a nota oficial sobre os problemas de segurança.

Em relação ao nada de proveitoso se tira do evento: talvez para aqueles que foram lá só pra encher os HDs de pornô e filmes. Aos humanos sociáveis, a Campus Party é o evento crucial para se fazer contatos profissionais. No caso de um blogueiro, lá surgem parcerias - ou até mesmo blogs novos. Em caso de programadores, surgem idéias e desenvolvimentos que viviam rolando na mesa onde o pessoal do Linux ficava. Aos músicos, como a banda Móveis Coloniais de Acaju, surgiu um clip de música colaborativo. Para jornalistas, contatos de todos os profissionais e blogs especializados em tecnologia presentes no local. Aos desenvolvedores de jogos, acesso as principais produtoras e start ups, para parcerias e trocas de experiencias. Tirando os acordos comerciais, que nem vou citar na jogada. Poderia ficar parágrafos citando outros exemplos, mas essencialmente a Campus Party pode servir até  para a pessoa mais comum do mundo criar amizades que se mantém após o evento. Acontecem coisas de todo o tipo, únicas, e excepcionais - como por exemplo quando presenciei o nerd cego Lucas Radaelli, enxergar o mundo através dos sons com um protótipo do andróide Neil Harbinsson. Abaixo, alguns links sobre histórias e pessoas do Blog Oficial da Campus:

Aliás, só pra alertar o leitor para um erro cometido pelo autor do artigo citado. Nunca baseie seus argumentos como irrefutáveis nas poucas fontes que você "leu a respeito".

Neil Harbinsson e seu sensor que ouve as cores

"O primeiro problema do evento é o nome. Começou na Espanha e mesmo assim foi batizado em inglês. No Brasil, poderia ter recebido um apelido fácil ou coisa assim, mas os caipiras adoram inglês porque fica mais chique enrolar a língua."

Parabéns, aí está o argumento mais ridículo, típico de um post troll com intuito único de querer holofotes. Para corrigir essa besteira, vamos usar a informação do artigo sobre a Origem da Campus Party. O primeiro nome do evento, realizado pela primeira vez em 1997, foi Ben-Al Party, algo que misturava o fenômeno das LAN Partys que bombavam na europa ao da cidade Benalmádena, onde rolou a primeira vez. Ainda no mesmo ano eles decidiram mudar esse Ben-Al, afinal o evento desejava um tom mais universal do que ser simplesmente uma reunião local. O nome Campus veio do sentido de acampamento de tecnologia do evento, sendo esse um nome multilíngue, afinal até um completo analfabeto em ingles aqui no brasil, ou na espanha, ou no méxico, entendem o significado. Diferente de "Acampamiento Party", por exemplo. Ou seja, é tudo muito mais do que um nome chique pra enrolar a língua. 


"Todo ano, os organizadores fazem um montão de promessas para o próximo. E as reclamações continuam... Seria incompetência na organização?"

Junto com as promessas vem os desafios. Se eles decidissem fazer um evento da exata magnitude, quantidade de eventos, acontecimentos e palestras desse ano, provavelmente conseguiriam fazer um evento praticamente sem grandes problemas. O trampo é que a cada ano o evento aumenta, pensando sempre em fazer algo a mais do que o ano anterior. Mas uma coisa é fato, os problemas raramente são recorrentes, como por exemplo a questão da energia. Durante um dos dias o bairro inteiro do Anhembi ficou sem energia (inclusive o hotel ao lado, que também tem gerador). A Campus não teve nem uma queda. Mas concordo que sempre há o que melhorar.

"Então, pergunta o leitor, o que este blogueiro reclamão sugere para melhorar? Eu sugiro o fim do evento, simplesmente. Não tem serventia alguma. A menos que as pessoas gostem de sofrer em um local quente, sem água e com palestras que confirmem apenas o que se lê todos dia na própria internet hoje em dia; a menos que sirva apenas de ponto de encontro para quem tem tempo para gastar com futilidades. "

Se é tão horrível assim, o que fazem 7500 masoquistas aparecerem lá e sairem, em sua maioria, falando bem da experiencia da campus? Muita gente reclamou de muita coisa, mas, pelo menos na minha timeline das redes sociais, vi vários elogios e promessas de retorno ao evento do ano seguinte. E o fim do evento é uma sugestão tão boa e gloriosa, que uma tal de NASA disponibilizou um hangar gigantesco para o evento acontecer pela primeira vez nos EUA. São 10mil pessoas que durante seis dias vão participar de um evento "sem serventia nenhuma" em mais de 1000 horas de palestras e worshops "inúteis" em 17 áreas temáticas "irrelevantes". Um evento de pura "futilidade" que já teve edições na Espanha, Colômbia, México e Brasil.

Local cedido pela NASA onde acontecerá a Campus Party americana

"O Brasil precisa, antes de tudo, investir em banda larga. É o essencial para a inclusão digital. A internet é, sim, um veículo de massa hoje em dia e precisaria ser considerada um bem básico, com altos investimentos do poder público e fiscalização das empresas que oferecem o serviço."

Lindo! Finalmente foi dito algo bonito. Sim, o Brasil precisa investir em banda larga e promover a Inclusão Digital. A Campus Party fez sua parte, ajudando mais de 5mil pessoas que nunca usaram um computador ou a internet, tocarem nesse universo pela primeira vez. De idosos de 80 anos que relembraram coisas do seu passado em imagens pesquisadas, até crianças que descobriram sozinhas coisas que a escola não ensina. Isso realmente aconteceu, e eu presenciei isso, junto com colegas que trabalharam na área de inclusão ajudando pessoas esse ano.

Pessoas tem acesso a computadores pela primeira vez na Campus Party


Conclusão

Esse artigo teve como objetivo básico a função de mostrar, à partir de um exemplo típico, o quão infundadas são algumas das críticas ao evento. Tenho de concordar, no entanto, que existiram sim inúmeras falhas que não se resumem a "mimimis" insensatos. Admito que um infeliz comportamento de alguns campuseiros fez o evento aparentar - em certos momentos - ser um imenso acampamento de férias tecnológicas de adolescentes entediados. Mas reduzir a Campus dessa maneira, baseada no comportamento de alguns poucos, não representa a verdadeira essência de um acontecimento social e tecnológico único e que, não só deve se ampliar ano a ano, como se multiplicar em outros eventos similares - fomentando a sociabilização de amantes da tecnologia e a inovação que só é possível em encontros presenciais e únicos como o que aconteceu no Anhembi esse ano.