Game Flashback de Ponta - De Soul Calibur V a Soul Edge


A série Soul foi um dos grandes sucessos entre os jogos de luta da história. Com uma proposta completamente diferente dos grandes Mortal Kombat e Street Fighter, os jogos da franquia Soul são mais dinâmicos, rápidos e de fácil adaptação. Aqui, novatos também fazem combos legais.
E como se não bastasse reviver os bons tempos de gráfico porcaria, hoje também temos um mini game de ponta especial no fim, cheio de vídeos e novidades sobre o mais novo lançamento da série: Soul Calibur V.






Soul Edge e Soul Blade




Soul Edge foi o primeiro jogo da série Soul a ser lançado, em 1996, pela Namco. A primeira versão era apenas para arcades (os nossos famigerados e praticamente extintos fliperamas) e tinha fama de ser praticamente impossível de vencer, por isso, foi reformulada e relançada para Playstation com o nome de Soul Blade. 
A história da série se baseia na Soul Edge, uma espada amaldiçoada muito poderosa que corrompe e controla o usuário. Vários lutadores tem a intenção de possui-la, outros estão possuídos por ela, mas como sempre, vários deles desejam destruir essa fonte do mal. 

Soul Blade inovou ao trazer todos os personagens usando armas e variados estilos de luta para a plataforma 3D (em 2D isso já tinha acontecido, se você for oldgamer como eu, vai se lembrar disso aqui. Curiosamente o sistema de guard impact - uma defesa efetuada na hora certa que quebra o ataque e deixa o oponente com a guarda aberta - também foi criado nesse jogo velho de samurais, mas isso é assunto pra outro dia). Além disso, Soul Edge era um jogo muito fácil de se adaptar, sem a jogabilidade cheia de meias luas de Street Fighter que muita gente detestava, e sem as combinações aleatórias de direções de Mortal Kombat, Soul Blade se configurava basicamente em ataques horizontais, verticais e chutes. E não pense que essa simplicidade desfavorecia o game; na verdade, era mais fácil aprender combos legais simplesmente prestando atenção nos movimentos de cada personagem. Para ter uma noção melhor de tudo isso que eu estou dizendo, aí vai um gameplay tirado do arcade.





O site oficial tem um acervo super legal dos personagens de toda a coleção Soul, e é bastante fácil de navegar vendo as versões antigas, perfis e artworks de cada personagem que já passou pelos games. Vários personagens de Soul Calibur estão presentes desde o começo da série, e outros reaparecem em versões mais recentes - em Soul Blade, Cervantes, Mitsurugi, Rock, Seong Mi-na, Siegfried, Sophitia, Taki e Voldo estão presentes em quase todas os games da série Soul. Já Hwang e Li Long aparecem na primeira versão mas só voltam a dar as caras como personagens extra de Soul Calibur 3.





A série Soul Calibur


Soul Calibur (1999) veio para firmar de vez a franquia de lutadores armados no mercado de games. Com gráficos muito acima dos games concorrentes no Playstation 2, esse jogo de Dreamcast (e dos arcades) recebeu uma rara nota 10 do Gamespot. Ele simplesmente uniu tudo de bom que tinha em Soul Blade, e adicionou novos recursos: os golpes "carregados", que demoravam um pouco mais para serem executados, mas eram mais potentes; o recurso de Guard Impact (que eu mencionei lá pra cima, mas esse era o tipo Parry, em que o golpe do jogador é desviado para o lado, deixando suas costas abertas para o ataque); um sistema de movimentação mais dinâmico e, novamente, uma leva de personagens inéditos que acabaram ficando marcados e foram mantidos nas continuações do game - entre eles Nightmare, Astaroth, Kilik, Ivy e Maxi, por exemplo. Também apareceu pela primeira vez um personagem "emprestado". Adivinha quem é! (Dica: veio de Tekken)



Sou Calibur II (2003) já veio com mais surpresas. Devido ao sucesso da primeira parte, essa versão não ficou tão presa aos arcades, sendo distribuída para várias plataformas. Pra começar, além de mais uma leva de personagens originais novos - Raphael, Yun Seong, Talim e Cassandra - cada console pra qual foi lançado tinha um personagem convidado diferente (veja abaixo quem são em cada um deles). Sem grandes alterações no estilo em relação a seu antecessor, esse game manteve a linha firmada pela série e adicionou novos detalhes à história da espada amaldiçoada Soul Edge e sua história, inclusive sobre a origem do cavaleiro Nightmare. Foi outro grande sucesso, ficando entre os 5 mais vendidos no mundo.


Link, de Zelda; Heihachi de Tekken e Spawn dos quadrinhos da Image Comics.



Soul Calibur III (2005) foi lançado apenas para Playstation 2. Não deu pra entender a jogada da Namco com esse game, afinal, a variedade de plataformas e o marketing massivo - fatores importantes para o sucesso de SCII - foram deixados praticamente de lado em SCIII, o que talvez explique a baixa popularidade dessa versão (que é a minha preferida, inclusive). Há grandes diferenças em relação aos anteriores. SCIII veio mais técnico e mais rápido no quesito jogabilidade, sendo necessário que o jogador saiba explorar o espaço que tem para evadir ataques e ficar esperto com a defesa e os Guard Impacts. Um ponto positivo nesta versão é a quantidade de jogadores: são 24 personagens principais, 17 bônus e 2 bosses. Destaque para Zasalamel, estreiante  que usa uma foice enorme e é tremendo cara chato e Olcadan, um lutador-coruja que era mestre de todos os estilos (uma espécie de modo randômico que variava a cada round) que nunca mais tornou a aparecer num game da série. 
Fora isso tudo, o jogo ainda tinha um history mode muito mais interativo (que exigia que você apertasse botões em horas certas para definir seu caminho e seus possíveis story endings), um modo de criação de personagens (dava pra fazer coisas muito divertidas, como o Seu madruga e a Chiquinha, de Chaves. Se você quer uma dica, faça um personagem no modo Dancer. É a coisa mais ridícula e engraçada do jogo), além de uma versão RPG que desbloqueava vários personagens e itens para o creation mode, mas que acabava corrompendo o save game depois de um tempo por algum motivo. Isso era um problema sério para os jogadores que, como eu, gostam de habilitar todos os personagens, armas e ringues. (depois de perder meus saves, só joguei isso com o memory card desplugado). Como ele é o meu favorito - e eu não sou nada imparcial -, vou mostrar o vídeo da intro dele. Só dele.






Soul Calibur IV (2008) foi lançado para XBox 360 e Playstation 3, deixando o Nintendo Wii de mãos abanando (para Wii existe o Soul Calibur Legends, de 2007, que deixou a desejar). O que chama atenção de cara são os convidados especiais de cada um. Não sei vocês, mas eu jamais esperaria ver os personagens de Star Wars batendo seus sabres de luz com espadas medievais, katanas, escudos e coisas do gênero. Starkiller, personagem principal do game Star Wars: Force Unleashed é o Apprentice, e integra o cast junto com Darth Vader, no Play3, e Yoda, na versão para XBox 360 (ambos podem ser comprados nas stores online de seus respectivos consoles). O vídeo abaixo mostra o gameplay com Darth Vader, Yoda, Aprentice (Starkiller), Mitsurugi, Setsuka e Cassandra. 




SCIV mantém o estilo do III, mas vem com algumas coisinhas a mais, como o modo de jogo online, o Tower of Lost Souls - no qual o jogador tem que vencer em condições específicas para ganhar prêmios. O modo de criação de personagens foi mantido e melhorado, dando agora a opção de você fazer novos personagens com o mesmo estilo de luta dos originais da série. Além disso, agora é possível quebrar partes da armadura do adversário. Não satisfeita, a Namco incluiu a Soul Gauge (aquela pedrinha no canto que muda de cor) e os critical finishes. Quando a Soul Gauge estoura (passa de verde para azul, vermelho e começa a piscar) depois de você ter apanhado muito, o adversário poderá finalizar você com um golpe que terminará com a luta de vez. Basta apertar o botão dos quatro botões juntos (A, B, G, K). Separei os CF's de todos os personagens. Divirta-se =]









Soul Calibur V - mais rápido e interativo do que nunca

Aproveitando que o lançamento oficial nos Estados Unidos para Playstation 3 e XBox 360 é exatamente hoje, dia 31 de janeiro, resolvemos incluir aqui a mais nova edição dessa série de sucesso. Nem é preciso dizer que está rolando a maior expectativa em torno desse lançamento.




Na história, SCV tem início 17 anos após uma batalha final entre Siegfried e Nightmare, que teve um fim cataclísmico daqueles muito doidos que eu sempre quis ver nos endgames broxantes do IV. A Soul Edge explode e se fragmenta, aparentando ter sido destruída para sempre, deixando o mundo livre de seus poderes malignos, mas o fim do vídeo dá a entender que não foi bem assim...






Alguns fãs podem torcer o nariz para as mudanças. SCV tem uma lista de novos personagens e deixou vários medalhões de fora. A novata Natsu substitui a mestra Taki, e aparece como companheira de viagem da jovem Leixia, filha de Xianghua, que também não está na lista de personagens. Kilik está desaparecido e aparentemente em perigo, e para salvá-lo, Maxi precisa fazer de Xiba  o seu sucessor; e o antigo Lizardman ganhou uma versão com nome e asas, o lagarto Aeon. Além desses 4 copycats, temos o misterioso Z.W.E.I. e sua companheira de viagem Viola, que estão sob a proteção de Siegfried. Outro praticamente novo é Dampierre, que já tinha aparecido em Soul Calibur Broken Destiny, mas desconhecido para qualquer jogador que não tenha passado por essa versão de SC para PSP. O vídeo abaixo apresenta Aeon, Xiba e Cervantes, além de dar um gostinho de vários outros.




O visual dos personagens está diferente. Siegfried, por exemplo, está obviamente mais velho, enquanto Cervantes, livre do controle da Soul Edge, está mais humano. Quem não mudou nada foi Maxi, que parece ter a mesma idade que nos outros games, mas com justificativa (não vou contar). Particularmente, acho vários personagens ficaram mais legais com roupas menos extravagantes, mas você pode tirar sua própria opinião.

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Se em Soul Calibur IV isso já era divertido, criar personagens também está diferente em Soul Calibur V. Muito mais livre, agora ela oferece opções muito legais como escolher a altura, os músculos, tamanho de peitos (não se preocupem, marmanjos, a Ivy continua anormal nesse quesito), maquiagem, roupas, olhos,  e mais um monte de detalhes. O vídeo aí de baixo é bem besta, mas ilustra bem o que eu quero dizer.




A jogabilidade também recebeu algumas mudanças em relação a Soul Calibur IV. A quinta versão da série promete estar mais rápida e mais competitiva, e já vem com uma surpresa especial. Se antigamente você podia dizer que estava livre das meias luas, agora já não pode mais. A Namco incluiu uma série de golpes especiais para todos os jogadores que se baseiam em meias luas e todos os botões de ataque apertados, os Critical Edges. No vídeo-tutorial abaixo dá pra ver um exemplo desse golpe dado pelo novo personagem Patroklos, o filho de Sophitia. Triste estar todo em japonês, mas dá pra entender o sistema só de olhar o exemplo.






E como se tornou tradição nos games da franquia, Soul Calibur V também tem um personagem trazido de outras histórias. Dessa vez, o convidado especial é nada mais, nada menos que Ezio Auditore da Firenze, o protagonista da série Assassin's Creed.



Tem muito mais no  SoulCalibur.com, e eu não sei vocês, mas eu tô doida pra jogar.